VAR que veio pra ficar

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“Por mais justiça nos jogos”. Esta foi a frase do suíço Gianni Infantino, presidente da Federação Internacional de Futebol (FIFA) sobre a utilização do vídeo-árbitro, que será feita em quatro momentos: situação de gol, identificação de atletas, penalidades máximas e cartões vermelhos. O uso desta tecnologia é marco para a modalidade e é caminho sem volta.
Outros esportes mostram o quanto é possível o recurso existir sem prejuízo do jogo. Historicamente percebe-se o quanto atletas, equipes e torcedores sofreram com decisões incorretas. Para não falar dos inúmeros interesses comerciais (e até políticos[1]) que tiveram outros rumos (não os mais favoráveis) após contestáveis decisões dos árbitros. Ademais, se um dos pilares da entidade máxima do futebol é a transparência, a decisão sobre a institucionalização do VAR vai em encontro aos pressupostos da organização.
Obviamente este assunto gerou polêmica e incontáveis comentários, sobretudo sobre sua implementação no Brasil, os custos gerados e a conta a ser paga por quem. Claro que existem inúmeros protocolos a serem seguidos – cada modalidade possui o seu -, e outros esportes conseguem fazer isso de maneira mais barata. Por outro lado, como bem disse o presidente da FIFA, haverá mais justiça nos jogos. Foi o que se concluiu depois de mais de 20 torneios analisados e, com isso, o jogo ficará mais interessante. Ora, como se sabe disso? Clareza e transparência na arbitragem do futebol. Os dois objetivos máximos de uma federação esportiva (quer seja local, regional, nacional e internacional) são: preservar e difundir o jogo.
Com o VAR, preserva-se o esporte porque a utilização do recurso sugere a justiça, a clareza e a transparência. Com isso o jogo é mais aceito, contribuindo para a sua difusão.
Com tudo isso, a sua implementação no Brasil é questão de tempo. O futebol pede por isso e a grande maioria dos torcedores, também. A mudança está em curso pelo mundo todo. Saber lidar com este recurso (Árbitros, vídeo-árbitros, atletas, torcedores e imprensa) é posicionar o Brasil em posição de vanguarda no universo do futebol. E isso não se dá apenas dentro de campo, mas fora dele também e que diz respeito à gestão e desenvolvimento da modalidade.
 
[1] Em 21 de Junho de 1982, o Príncipe do Kuwait, Al-Sababe, desceu das tribunas em direção ao campo de jogo para reclamar com o Árbitro, o soviético Miroslav Stupar, de um gol francês de Michel Platini marcado supostamente de maneira irregular. O Príncipe conseguiu a anulação do gol mas não impediu a vitória da França sobre o Kuwait por 4 a 1 pela Copa do Mundo da Espanha daquele ano.

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