Warren Buffett e o futebol – parte 1

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Finalmente, consegui iniciar um curso básico sobre como investir na bolsa de valores.

Era algo que já despertava minha curiosidade, de interesse pessoal para compor meus investimentos. E também porque sempre vi um paralelo natural entre o mercado de capitais e o mercado de transferências de jogadores.

O mercado de ações é importante para formar um círculo virtuoso de crescimento econômico do país, ao financiar empresas e suas atividades, gerar e distribuir renda, que volta aos investidores, que compram mais ações das empresas, que, no fim, distribuem capital e voltam a captar recursos, renovando o processo.

E o que é uma ação? É a menor fração do capital de uma empresa.

No mercado efervescente de direitos econômicos sobre jogadores e sobre projetos esportivos, também os clubes se servem dessa estratégia para formar um círculo virtuoso de sustentabilidade financeira, ao financiar suas operações com terceiros, gerar e distribuir renda aos investidores, que compram mais direitos, renovando o processo.

Pausa: esse mercado, no futebol, não é regulado como o mercado de capitais. A prática dos negócios é que dá o tom das transações entre clubes, jogadores e investidores. São negócios jurídicos que gozam de proteção relativamente instável.

Uma das primeiras perguntas feitas no curso é: por que investir em ações?

Como a intenção é cotejar ações frente aos investimentos em clubes de futebol, pergunto: por que investir no futebol?

Vou me socorrer também de uma das primeiras lições do curso, que trata de valorizar a sabedoria do maior investidor da história do mercado de capitais em todo o mundo, o americano Warren Buffett.

Sua atuação está baseada na sensatez, simplicidade e na postura conservadora – ainda que dentro de um sistema tido como altamente volátil.

Aqui vão as regras positivas de Buffett para definir seus investimentos:

1. Ser do contra. Por exemplo, enquanto todos saem da bolsa, com medo e desconhecimento dos riscos, entre.

2. Invista em empresas estáveis e com desempenho, historicamente, acima da média. Não se entusiasme com estreantes.

3. Invista como analista do negócio, não como analista de ações. Nem sempre a relação custo-benefício de uma ação que vale R$ 25 é melhor que outra de R$ 50.

4. Compre ações como se comprasse a empresa toda. Boas ações vêm de empresas cujo modelo de negócios é simples e compreensível.

5. Seja sócio de quem não gostaria de ser concorrente. Ou seja, é melhor comprar ações da Vale, da Petrobrás, do Itaú, ou tentar abrir uma concorrente?

6. Confie no passado da empresa. Desconfie de promessas e expectativas futuras.

Não à toa, Buffet construiu e mantém sua fortuna de U$ 60 bilhões, ao longo dos últimos 50 anos, concentrada em 99% em ações. É acionista de grandes e sólidas empresas, como Gillette, GE, Kraft.

Para a melhor tomada de decisão, existem os mandamentos negativos de Buffett. Ou, o que não se deve fazer como investidor.

(Continua na próxima coluna)

Para interagir com o autor: barp@universidadedofutebol.com.br

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