Allen Chahad
Renato Pazikas
Direto de Bloemfontein
A seleção do Egito protestou após a derrota por 4 a 3 para o Brasil, nesta segunda-feira, pela primeira rodada da Copa das Confederações. Segundo os atuais campeões africanos, o árbitro só marcou o pênalti que deu a vitória aos brasileiros depois de ser avisado pelo quarto árbitro (o australiano Matthew Breeze), que teria um monitor com replay à disposição.
"Tenho certeza que a Federação Egípcia de Futebol vai tomar alguma providência. Talvez tenha algo novo na regra. Mas, até onde sabemos, é o juiz que tem a decisão final", disse o auxiliar técnico Chawki Gharib.
Aos 45min do segundo tempo, o zagueiro Lúcio subiu ao ataque e pegou uma sobra. O chute do brasileiro foi defendido com o braço pelo egípcio Al Muhamadi, em cima da linha. O árbitro inglês Howard Hebb, 37 anos, primeiramente apontou escanteio.
Os atletas brasileiros pressionaram o árbitro, enquanto o egípcio simulava no chão que havia levado uma bola no rosto. Depois de alguns segundos o árbitro pegou a bola, apontou para a marca do pênalti e expulsou Al Muhamadi.
"Se o monitor fica à disposição para o quarto árbitro, por que a Fifa proíbe os replays no telão dos estádios? É apenas para não deixar os torcedores excitados? Queremos saber", insistiu Gharib.
O quarto árbitro teria avisado o principal pelo sistema de comunicação eletrônico - fone e microfone. A Fifa não permite a utilização de televisores pela arbitragem. Se ficar comprovada a interferência, pode haver alguma medida por parte da entidade.
Já o treinador brasileiro Dunga preferiu não entrar na polêmica. "Tem alguns momentos importantes da partida e é bom que tenha sempre uma contribuição. Ele (árbitro) foi também ver o jogador que não tinha marca nenhuma no rosto", disse.
E sobre a possibilidade da federação egípcia entrar com um recurso na Fifa? "Isso é problema do Egito, não nosso", resume o treinador.