Região ainda é pouco explorada por europeus em contratos locais
Por Duda Lopes - São Paulo (SP) em 3 de Outubro de 2014 às 07:00
O Barcelona anunciou na quinta-feira um patrocínio focado na América Latina com a Gillette. O acordo escancara a abertura de um mercado ainda pouco utilizado pelos clubes europeus, que nos últimos anos têm apostado em patrocinadores de apenas uma região ou país.
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Em agosto, um levantamento da Repucom deixou essa situação clara. Na temporada 2013/2014, os 20 maiores clubes da Europa em faturamento fecharam 84 acordos locais. Desses, 47 foram na Ásia e apenas quatro foram para a América Central e para a América do Sul.
O Barcelona é o terceiro clube que mais fechou acordos locais na última temporada e o segundo que mais ganhou. Foram 11 no total. E o time já desponta como o que mais olha a América Latina com afinidade. No início deste ano, os catalães renovaram o contrato com a Big Cola para 11 países da região, incluindo o Brasil. Em julho, eles anunciaram a parceria com a cervejaria Tecate, somente para o México.
A tendência é que os clubes europeus ampliem a busca por esse modelo de negócio. A estratégia começou com o Manchester United, há alguns anos, e, hoje, o clube lidera com folga os ganhos com acordos locais. Somente na última temporada, foram 32 milhões de euros.
Na Ásia, o cenário é de crescimento econômico e futebol fraco, o que torna a aproximação mais simples. No entanto, no Brasil especificamente, existe um apelo crescente dos clubes europeus, principalmente após a Globo abraçar a Liga dos Campeões. Do mesmo modo, o futebol local apresenta sérias dificuldades para se profissionalizar de fato. É um prato cheio para os europeus e para as marcas que atuam no país.
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