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Bacharel em Ciência do Esporte pela Universidade Estadual de Londrina (2004); Especialista em Gestão e Marketing Esportivo pelo Instituto Catarinense de Pós-Graduação (2006); Mestre em Gestão do Desporto pela Faculdade de Motricidade Humana, Universidade Técnica de Lisboa de Lisboa-Portugal (2009); e Doutorando em Educação Física pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro, com estudos voltados sobre o impacto econômico de equipes, arenas e eventos esportivos em suas regiões de abrangência (desde 2013).
Bolsista da "Havelange Scholarship" em 2008 - Bolsa de Estudos oferecida pela FIFA para pesquisas na área do futebol através do International Centre for Sports Studies (CIES). Realizou, naquela ocasião, estudo sobre a prática da Responsabilidade Social na formação de atletas para o futebol em clubes brasileiros, resultando na redação e coautoria da Carta Internacional de Responsabilidade Social na Formação de Atletas para o Futebol - CIRESPFUTE 2009.
Foi Supervisor das Categorias de Base no Joinville Esporte Clube nos anos de 2005 e 2006; técnico de futsal no Sporting Clube de Portugal (2007); Professor do Curso de Educação Física da UNIVILLE (Universidade da Região de Joinville) nas disciplinas de "Planejamento e Administração Esportiva", "Comunicação e Marketing Esportivo"; Sócio-fundador da Associação Brasileira de Gestão do Esporte (ABRAGESP); Consultor na Brunoro Sport and Business para projetos especiais ligados a clubes, entidades de administração, organismos públicos e empresas que investem em esporte.
É Sócio-Diretor da Inspire Sport Business e está cumprindo mandato de Presidente da Associação Brasileira de Gestão do Esporte (2013-2015).
Defensor de novas práticas visando a profissionalização da gestão do esporte em todas as suas vertentes.
A equação que muitos têm feito com a chegada de um novo conceito de arenas no Brasil é simples, linear e rasa: Novos Estádios + Público Elitizado - Público de Baixa Renda - Violência = Crescimento Exponencial das Receitas.
O fato é que nem tudo é tão simples quanto uma equação matemática de mais e menos. Quando olhamos cuidadosamente para a forma dela vemos "raiz quadrada", "teoremas", "multiplicadores" e por aí vai... Uma série de elementos que permeiam positiva ou negativamente a gestão do conteúdo e do tratamento do consumidor neste novo ambiente.
Programei uma trilogia para falar um pouco mais sobre as perspectivas e as nuances dos novos estádios. E para começar, importa entender o nosso momento, em que vemos um afastamento natural do torcedor por conta da experiência que é entregue a ele atualmente nos jogos de futebol.
Isso é ilustrado pelos números: a média de público por jogo é pífia, atrás do Campeonato Mexicano, da Segunda Divisão da Inglaterra e da Alemanha, para ficarmos em apenas três exemplos.
País |
População(1) |
Média de Público por Jogo(2) |
Público / Mil Habitantes(3) |
% de Ocupação Médio(2) |
1. Alemanha |
81.471.834 |
45.083 |
0,55 |
93% |
2. Inglaterra |
62.698.362 |
34.604 |
0,55 |
97% |
3. Espanha |
46.754.784 |
28.400 |
0,61 |
74% |
4. México |
117.409.830 |
25.343 |
0,22 |
62% |
5. Itália |
61.016.804 |
21.921 |
0,36 |
51% |
6. Holanda |
16.645.313 |
19.458 |
1,17 |
90% |
7. França |
65.312.249 |
18.863 |
0,29 |
70% |
8. EUA |
316.024.000 |
18.700 |
0,06 |
88% |
9. Inglaterra (2ª Divisão) |
62.698.362 |
17.899 |
0,29 |
68% |
10. China |
17.675 |
0,01 |
46% |
|
11. Alemanha (2ª Divisão) |
81.471.834 |
17.212 |
0,21 |
59% |
12. Japão |
127.300.000 |
16.572 |
0,13 |
52% |
13. Brasil |
193.946.886 |
14.897 |
0,08 |
44% |
14. Escócia |
5.062.011 |
13.873 |
2,74 |
65% |
15. Rússia |
143.400.000 |
12.936 |
0,09 |
48% |
Fonte: (1) CIA; (2) Pluri; (3) BSB.
E chamo a atenção para um indicador que é pouco utilizado para analisar esta questão: é o da relação de média de público para cada 1.000 habitantes (Identificado em apresentação da "Universidade Católica Portuguesa" de 2011, intitulado: "Competição fora das 4 linhas: Reflexão estratégica sobre a sustentabilidade do futebol profissional em Portugal").
Dele, podemos perceber não só a defasagem comparada do Brasil mas, principalmente, a saturação ou o potencial de alguns mercados em termos de captação de novos torcedores em seu próprio país ou no exterior.
Neste particular, percebemos que há ainda um enorme potencial de ativação do mercado interno no Brasil na busca de novos torcedores em face da sua população. É imprescindível definir melhores estratégias para que haja efetivamente este resgate.
Continuaremos...
Para interagir com o autor: geraldo@universidadedofutebol.com.br