Estádio de Calamidade

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Terminado o ano e a temporada do futebol brasileiro, temos um panorama geral sobre a presença de público nos estádios pelo Brasil. Para um país apaixonado por futebol como nós mesmos nos intitulamos, o resultado está bem abaixo das expectativas.

A Série A do Campeonato Brasileiro, principal torneio nacional, registrou uma ocupação média de 40%, número bem parecido ao ocorrido em anos anteriores. Se fosse uma prova escolar, teríamos sido reprovados. O que falar então da Série B do Brasileiro, com média de 16%? O único campeonato que obteve média elevada foi a Libertadores, com 74% de ocupação.

O ranking completo por clube e campeonato está disponível no link: http://app.globoesporte.globo.com/futebol/publico-no-brasil/

No meio de números tão ruins, alguns clubes merecem destaque positivo. O campeão Palmeiras, com um estádio de excelência e um time competente dentro de campo, contribuiu muito para que os números não fossem ainda piores. Obteve média de 77% de ocupação no Brasileiro e 68% no total de jogos durante o ano, com faturamento bruto de R$ 60 milhões, também o maior do país.

Apesar do próprio Allianz Parque ainda necessitar de melhorias, especialmente na diversidade de serviços oferecidos ao público e em suas ações de matchday (que também passa pela responsabilidade das entidades organizadoras, como CBF, FPF e Conmebol), os outros clubes poderiam seguir os seus passos, ao garantir um estádio confortável e de fácil acesso.

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Um outro número também chama a atenção. Apesar de rebaixado para a Série B, o Internacional obteve a terceira maior média de público pagante e foi o quinto com maior renda bruta aferida. A tendência e a história ocorrida com outros grandes clubes que passaram pela Série B nos faz acreditar que o clube conseguirá ter uma alta frequência de público na luta pelo seu retorno à elite em 2018.

Podemos ver também o caso oposto vivido pelo Vasco da Gama. O clube retorna à Série A em 2017, mas foi uma decepção de público em 2016. Obteve somente a 5ª maior média de ocupação da Série B com 6.876 torcedores por jogo. O fato do clube ter passado por seguidos rebaixamentos parece ter desanimado o seu torcedor. Torcemos para que o retorno à elite traga um novo ânimo ao clube que possui a 5ª maior torcida do país.

O assunto é repetitivo, mas não podemos fechar os olhos para a forma que o produto futebol é trabalhado no Brasil. Estruturas precárias, serviços de péssima qualidade ao público, medo de violência dentro e fora do estádio e excesso de jogos são fatores que afastam cada vez mais o torcedor dos estádios.

Temos grandes exemplos de como fazer melhor, com políticas e gestões bem sucedidas na Premier League e na Bundesliga, que batem recordes de público a cada ano, com médias acima de 95% de ocupação. Lá, o protagonista do espetáculo é o torcedor!

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