Treino enquanto processo de ensino-treino

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O processo de treino deve ser integrado e não analítico (embora reconhece-se que este modo é de difícil execução e compreensão). O treino deve contemplar processos que complemente funções específicas necessárias no futebol. Assim, por exemplo, um treino de resistência integrado com situações de jogo, é uma excelente forma de (fisiologicamente) complementar algumas necessidades dos jogadores de futebol, dentro do jogo de futebol.

Esta necessidade ganha particular relevância quando os jogadores, principalmente de elite, sentem a necessidade de fundamentos que o tornaram mais aptos para a realização do jogo com um bom desempenho. Então, todos os quesitos ligados ao futebol devem ser lembrados no jogo de forma a não esquecer as suas particularidades, e complementar o jogador tanto tecnicamente, mas também taticamente, fisicamente, psicologicamente, etc. Claro, se a conceção do treino leva em consideração essa segmentação.

É evidente que este treino tem enorme dificuldade devido a se trabalhar com grandes grupos. Este trabalho é árduo. Por isso, o treinador deve estar atento com as cargas usadas e o tempo despendido de forma a trabalhar o grupo, a respeitar acima de tudo as individualidades dos jogadores. Pois, sabe-se que cada um tem a sua capacidade, tem o seu potencial, originado pela sua carga genética e sua relação com o meio (sujeito a processos culturais), sendo então por isso, um sujeito extremamente delicado para umas coisas e forte para outras. Lembrando que no alto rendimento, muitas vezes não há tanto espaço para estas considerações, ou o jogador é apto (capaz) ou inapto (incapaz) de realizar (suportar) toda a carga do treino, mas nunca é demais considerar, mesmo neste âmbito, certas particularidades quando, por exemplo, deparam-se com casos raros.

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Estes casos raros são aqueles de jogadores com enorme talento, mas cuja integridade motora (provocada por vários fatores) não lhe permite grandes concentrações do treino de forma a não suportar uma determinada intensidade ou volume do treino como os seus colegas de equipe normalmente o fazem, sem um risco maior de lesão (apesar de esta carga refletir situações de jogo). Está dentro da competência de cada treinador ter uma grande atenção (muito a alcançam com a experiência) em reconhecer esta lacuna do jogador (também a sensibilidade do treinador é importante e muitas vezes de forma empírica) e adequar as suas capacidades (tirando assim melhor proveito do seu talento) preservando a sua integridade no que se diz respeito, por exemplo, a determinados treinos físicos.

Todo o processo de treino evidentemente respeita certos aspectos importantes para a sua realização. Como dias da semana e também horários de duração.

Todo o treino é preparado antecipadamente respeitando as cargas e o processo de recuperação como algo fulcral para tirar e melhorar o rendimento do jogador em todos os sentidos. Por exemplo, muitos treinadores seguem como princípios (em termos de carga horária) 1h 30 min. de treino no máximo, obedecendo o tempo real de um jogo de futebol a nível profissional.

Esse aspecto torna o treino algo particularizado, respeitando assim todo o jogo e a sua imensa vastidão de situações. Mesmo sabendo que, este tempo não é nem de perto, nem de longe, um tempo total em atividade. Dentro deste tempo de treino existe o tempo de recuperação (o que torna o treino descontínuo), transmissão de informação, tempo de transição de uma atividade para a outra e o tempo de jogo/exercícios realizados nele e outros. E, por isso, é necessário ter em conta que os jogadores não passam este tempo todo em atividade e, ainda existe em muitos momentos, uma certa rotatividade respeitando todo o tempo despendido em atividade pelo jogador.

Acima de tudo, o aspecto do jogo (o jogo) está em primeiro lugar, pois desconsiderar o nível tático, por exemplo, é uma forma de entrar em campo derrotado, sendo que a sua equipa não terá organização para derrotar uma equipa de nível superior por exemplo. Nunca se deve descurar do jogo, porque “ao esquecer dele é esquecer do futebol em si e da sua particularidade” (Vitor Frade).

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