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A vida de todo ser humano tem seu ciclo vital. Qualquer profissional, seja qual for a carreira escolhida, também terá os seus ciclos. Com o jogador de futebol não é diferente.

 

Todos sabemos que o futebol hoje em dia exige uma apurada condição física e fisiológica. O esporte é praticado em uma velocidade cada vez maior e este fato tende a eliminar aqueles que não conseguem acompanhar um ritmo tão intenso.

 

Após os 29, 30 anos, o corpo do atleta começa a perder a massa muscular e, conseqüentemente, a velocidade e a força, entre outros aspectos. Mudanças hormonais provocam o processo de deterioração das melhores condições atléticas necessárias à alta performance.

 

Nesta perspectiva um jogador como o Romário, com perfil de boêmio e que acaba de completar 40 anos pareceria, a um primeiro olhar, um exemplo típico de profissional em decadência, totalmente incapaz de acompanhar a dinâmica exigida pelo futebol atual.

 

De certa forma isto tem se dado, na prática. Visivelmente o jogador já não tem mais a mesma condição de 10 ou 20 anos atrás. Entretanto, e felizmente, o ser humano não é constituído apenas por aspectos puramente biológicos ou fisiológicos. 

 

O envelhecimento pode ser considerado como a perda das habilidades de adaptação ao meio e, portanto, pesam aqui os aspectos biológicos e funcionais.

 

Mas contrapondo-se aos aspectos biológicos, puramente físicos, existem outros elementos, como os psicológicos, sociais, culturais e espirituais que permitem aos mais tenazes, aqueles que amam a vida e aquilo que fazem, enfrentar o inexorável processo do envelhecimento.

 

Neste sentido, inteligência, maturidade, equilíbrio e autoconfiança são alguns dos ingredientes necessários para este embate. E é interessante ver como algumas pessoas conseguem fazer isso com graça e sabedoria.

 

Por outro lado, o desenvolvimento cultural e científico acelerado pelo qual estamos passando, cujo pano de fundo é a globalização, vai obrigar-nos a buscar novos conceitos em termos de idade e velhice.

O futebol também passará por processos profundos de mudanças. Uma delas será permitir que os atletas prolonguem sua vida útil como profissionais, apesar da velocidade crescente com que o jogo é jogado.

 

Concordando com esta tendência, e facilitado pelo fato de que o melhor do futebol brasileiro não está no Brasil, já podemos antever o ano que vem, quando Romário estiver completando 41 anos, o craque chamando a atenção do mundo todo para as partidas-exibição que estará realizando numa obstinada busca pelo seu milésimo gol, encerrando assim sua polêmica e brilhante carreira.

Para interagir com o autor: medina@universidadedofutebol.com.br

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