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Com o término dos Jogos Pan-Americanos, o esporte brasileiro começa, aos poucos, a voltar à ordem natural de suas coisas. Sem a overdose de cobertura da mídia a todas as modalidades, regressamos ao período em que o futebol domina as ações.
 
Mas o excesso de cobertura de futebol na TV nos revela, a cada outro evento esportivo, como o Pan e, principalmente, os Jogos Olímpicos, um problema crônico na narração esportiva brasileira.
 
É cada vez mais nítida a dificuldade que o país tem em produzir narradores técnicos, que conhecem uma modalidade a fundo além do futebol.
 
Em 15 dias de Pan, o que se viu, ou ouviu, nas telas e dials país afora foi muito mais uma “torcida” pelo Brasil em vez da narração de uma competição. Narradores afônicos com a maratona aquática, indignados com a decisão dos árbitros no judô, eufóricos com os saltos que valem o ouro no Pan, mas nem o bronze em Olimpíadas e Mundiais, de Maurren, Jadel e Fabiana Murer.
 
Tivemos de tudo um pouco no Rio. Mas o que faltou, de fato, foi o jornalismo.
 
Em busca da medalha dourada, nossos narradores se especializaram em falar coisas que não fazem sentido, em achar culpados e explicações para o inexplicável. Jade se esborrachou no chão durante a apresentação nas barras. Era nítido que o ouro havia escapado entre os dedos, literalmente. Mesmo assim, em todas as emissoras, a impressão que se tinha era de que ainda havia esperança.
 
O único momento em que tal “ufanismo” não aconteceu foi no futebol masculino, quando, aos 40 do segundo tempo, o time brasileiro sofreu o quarto gol do Equador e ficou claro que a equipe seria eliminada da competição.
 

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