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Caros amigos da Universidade do Futebol,
 
Conforme prometido em minha última coluna e também atendendo a uma sugestão da organização da Universidade do Futebol, gostaria de dividir com vocês a grande mudança ocorrida em minha carreira profissional, que espero reverta em uma nova e proveitosa fonte de informação para este veículo de comunicação.
 
A partir do dia 5 de maio último, iniciei minha participação como coordenador jurídico da EPFL – Association of the European Professional Football Leagues. Trata-se de uma associação que reúne as principais ligas profissionais de futebol da Europa (dentre elas as ligas inglesa, alemã, espanhola, francesa e italiana). O escritório da associação localiza-se em Lisboa, onde passei a residir.
 
Nas minhas próximas colunas, poderemos debater e esclarecer aos leitores as principais diferenças do conceito de futebol existente na Europa e aquele que conhecemos bem do Brasil. Mais do que isso, poderemos funcionar como uma ferramenta de transferência de conhecimento direto, da Europa para o Brasil.
 
Para iniciar esses debates, gostaria de estabelecer um conceito básico que diferencia o modo de organização das competições nacionais na Europa (via de regra) com o modo brasileiro.
 
Como muitos já sabem, o campeonato nacional brasileiro é organizado pela CBF, Confederação Brasileira de Futebol, filiada à Fifa e à Conmebol, que também é a organização responsável pela seleção brasileira de futebol em todos os seus níveis (principal, base, feminino, etc.).
 
O que ocorre na Europa não é isso. As chamadas FAs (ou federações nacionais de futebol) cuidam das seleções nacionais apenas, além do registro dos atletas de futebol que atuam no país. Não organizam competições.
 
A organização dos campeonatos europeus, em nível nacional, é feita por outra entidade (comercial ou não) totalmente independente da federação e dos clubes. Essas entidades, chamadas de ligas, são oficialmente reconhecidas pelas federações para que seus campeonatos contenham jogos oficiais da Fifa. A única atribuição das federações é o controle dos registros de jogadores e dos certificados para transferências de jogadores.
 
A diferenciação acima descrita tem uma explicação, que reside na peculiaridade brasileira. O Brasil é um país enorme, e o futebol está presente de forma massiva em todos os seus estados e territórios. Assim, a criação das federações estaduais acabou por preencher grande parte do papel que seria exclusivo das ligas na Europa.
 
Mas o estudo que faremos ao longo de nossas futuras colunas poderá nos mostrar se existe algum outro caminho que poderia ser traçado pelos dirigentes brasileiros que se aproximasse do modelo europeu, ou se o modelo já existente, pela mencionada peculiaridade brasileira, é de fato o mais eficiente.
 
Veremos.
 
Caso Ronaldo
 
Antes de concluir, gostaria de fazer rápida menção ao caso que recentemente vimos envolvendo o nosso Ronaldo Fenômeno. Em recente coluna, comentei sobre o peso da fama de certos atletas profissionais, chegando à conclusão de que ela leva a uma enorme responsabilidade social.
 
O Ronaldo é uma das principais figuras que se enquadra nesse exemplo. Milhares de crianças, não só do Brasil, projetam seu futuro no Ronaldo. Ele não pode deixar que esses episódios figurem em sua vida, para o bem de uma infinidade de fãs.
 

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