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Existem hoje, no Brasil, 87 jogadores estrangeiros registrados na CBF, dos quais 75% são sul-americanos. Não são muitos, afinal o número de jogadores brasileiros ultrapassa os 19 mil. No Brasil, do contingente total de jogadores, apenas 0,04% são estrangeiros. Muito pouco para causar qualquer preocupação comparável a das ligas européias, mais notadamente a da inglesa.

Mas esses números podem enganar. É cada vez maior a presença de estrangeiros nos níveis mais avançados do futebol brasileiro. Se antes um jogador não tupiniquim despertava atenção dos curiosos, hoje ele é figura presente em boa parte dos clubes da primeira e da segunda divisão. É fácil listá-los: Herrera, Acosta, Valdívia, Valencia, Ferreira, Perea, Hidalgo, Guiñazu, Conca, Maxi, e por aí vai.

Obviamente que, como os próprios números indicam, o Brasil está muito longe de ser um mercado importador de atletas, mas não se pode negar que esse é um movimento crescente. Com a decadência financeira e conturbações políticas reinante na América do Sul e a consolidação do oposto no Brasil, a tendência é que esses mercados se abram muito para o país, que tende a, na medida do possível, buscar alternativas que privilegiem principalmente a mão de obra mais barata em todos os setores da economia. No futebol não é diferente.

Já há, faz um certo tempo, uma concordância na maioria dos discursos de técnicos e diretores de futebol, reclamando que não existem mais bons jogadores brasileiros disponíveis no mercado. Dentro dessas condições, é natural que as organizações brasileiras busquem alternativas na vizinhança, principalmente por conta do desenvolvimento do esporte em países como Colômbia e Equador, e decadência dos clubes e ligas em países como o Uruguai. É natural, portanto, que o Brasil passe a importar mais jogadores.

Essa situação, como dito no começo desse texto, está longe de levantar a sobrancelha de qualquer pessoa, mas é uma tendência que tende a se fortalecer. Analisando friamente os dados e as situações dos mercados, o ambiente está muito favorável para este processo.

Ainda que não levante sobrancelhas, é bom, pelo menos, abrir o olho.

Para interagir com o autor: oliver@universidadedofutebol.com.br

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