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Caros amigos da Universidade do Fubebol,

Antes de mais nada devo ao menos uma explicação aos nossos leitores, tendo em vista minha ausência das últimas duas semanas. Como já havia anunciado, a EPFL (Associação Européia das Ligas de Futebol Profissional), onde atualmente atuo, esteve reunida em Assembléia Geral na última semana, o que demandou ao menos um mês de intenso trabalho em torno das questões a serem lá discutidas.

De fato, existe atualmente grande preocupação das ligas européias no desenvolvimento sustentável do futebol e na manutenção da integridade do jogo. Diversas são as frentes de discussão que permeiam o tema, incluindo a saúde financeira dos clubes, a atenção para as apostas ilegais, regras específicas para o investimento estrangeiro direto nos clubes, as interferências de terceiros nas transações de jogadores, a proteção contra a exploração de menores, etc. 

O futebol enfrenta atualmente um momento crítico, em que precisa definir qual é o melhor modelo de gestão de clubes e de competições tendo em vista a globalização e, mais recentemente, a crise econômica mundial. Com relação a esse último tema, felizmente, o futebol poderá ter menor impacto negativo do que outros setores da economia, como o imobiliário, por exemplo.

Um dos holofotes dessa discussão diz respeito à propriedade intelectual das ligas e clubes e a gravidade das respectivas ações ilegais de terceiros, como a chamada “pirataria online”.

Sabemos que a principal fonte de recursos dos clubes é proveniente dos seus direitos de imagem, especialmente “ao vivo”, que são comercializados com emissoras de televisão por valores historicamente crescentes (no Brasil, vide o atual acordo realizado entre Rede Globo e Clube dos 13). Esses recursos são indispensáveis aos clubes para que haja o reinvestimento em categorias de base, ações sociais, distribuição solidária entre clubes para desenvolivmento das ligas e manutenção do equilíbrio competitivo entre as equipes, etc.

O que o fenômeno da internet está propiciando, entretanto, é uma grande usurpação dos direitos de imagem das ligas e clubes por parte de sites que se organizam para oferecer transmissões online de imagens ao vivo ao público em geral, sem a devida autorização dos detentores dos respectivos direitos de imagem.

Por ora, a incidência é baixa no Brasil em comparação com a Europa. Mas a tendência é de crescimento mundial desta prática indesejável. Em grande escala, ela pode por em risco toda a forma de negócio atual dos clubes e ligas e estabelecer uma crise sem precedentes no nosso mercado.

Temos que batalhar por regras mais rígidas. Tanto por parte das autoridades públicas, como por parte dos reguladores do esporte. Todos têm que se unir contra esse mal.

Para interagir com o autor: megale@universidadedofutebol.com.br

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