Acabei o primeiro capítulo do meu doutorado. Na verdade, na verdade, é o segundo. É sobre a indústria do futebol europeu. O primeiro foi sobre o ambiente brasileiro. Só que esse eu escrevi em 2006 e em português. Ou seja, além de desatualizado, está na língua errada. Esse de agora, sobre o futebol europeu, resolvi escrever direto em inglês para poupar tempo. Não é nada fácil. Mas é melhor do ter que traduzir depois.
Nesse capítulo foram utilizadas 84 referências diferentes, 67 artigos e 17 notícias de jornais diversos. Ainda não contabilizei os livros e as revistas, mas deve ser pouco mais do que isso. O grosso é artigo mesmo. Tem até um falando sobre o futebol norueguês.
Eis o que tem de interessante:
– Os clubes da Premier League devem, conjuntamente, mais do que £3 bilhões. Metade disso é responsabilidade do Manchester United e do Chelsea;
– Em 10 anos, a receita dos clubes das cinco principais ligas da Europa cresceu 284%. O gasto com salários e transferências, em compensação, subiu 323%;
– De
– A receita de camarotes do Emirates, novo estádio do Arsenal, gera a mesma grana por jogo que o antigo estádio inteiro, o Highbury;
– O Chelsea gastou £20 milhões em seu novo CT;
– Em 1991, sem a Premier League, a Sky tinha 2,1 milhões de assinantes. Em 2008, depois de 16 anos com a Premier League, a Sky tem 13,5 milhões de assinantes;
– O site da Bundesliga teve em média mais de 90 milhões de pageviews por mês na temporata 2007-2008;
– Os quatro clubes com maiores contratos de patrocínio da Premier League receberam em conjunto £ 36 milhões na última temporada. Os quatro menores receberam 10 vezes menos;
– Nos últimos 10 anos, todas as principais ligas da Europa viram um significativo aumento de torcida no estádio, menos a Itália, que passou de 31 mil a 23 mil torcedores por jogo.
Fora isso, é tudo enrolação, que se arrasta por 21 longas páginas. Trabalho acadêmico bom é aquele que você escreve o conteúdo de uma linha em uma página.
Peço desculpas pelo teor da coluna. Sei que tem coisa muito mais importante pra falar do que o meu doutorado. Mas, acredite, o dia que você tiver a infeliz idéia de fazer uma tese de doutorado, você vai perceber que não consegue falar sobre mais nada além dela.
O primeiro capítulo, ou o segundo, pelo menos, já foi.
Para interagir com o autor: oliver@universidadedofutebol.com.br