Existem poucas verdades absolutas.
No futebol, naturalmente, também.
Entre essas poucas verdades, uma delas é que o futebol é cíclico.
Coisas vem e vão.
Pessoas aparecem, somem e reaparecem.
Injustiças acontecem com você agora e, amanhã, acontecerão com seus adversários.
Seu time domina hoje e será rebaixado em pouco tempo.
É assim que as coisas vão.
E vem.
No curto prazo, é tudo insano.
No longo, as coisas fazem mais sentido.
Essa é uma das peculiaridades do futebol.
A coisa no curto prazo é maluca.
E leva pessoas a tomarem atitudes imponderadas.
Por não conseguir e não poder enxergar as coisas no longo prazo.
O afã do próprio eu, somado ao imediatismo da demanda de segundos e terceiros fazem com que se tomem atitudes impensadas.
Motivadas por impulso.
Momentâneas.
De curto prazo.
Sem lógica.
Sem sentido.
Isso é visível durante e após partidas mais conturbadas.
Mas tem implicações maiores.
Não se enxerga o longo prazo no futebol brasileiro.
Porque ninguém se importa com ele.
É preciso resolver o agora.
É necessário se importar com o já.
Mais pra frente, outro que se vire.
O meu é aqui, e agora.
O depois, que fique para depois.
De que adianta montar uma estrutura sustentável para vitórias futuras se ela implica em derrotas no presente?
Nada.
Absolutamente nada.
Independente se as atitudes que se tomem sejam efêmeras.
Ninguém quer saber.
Foca no relógio.
E não no calendário.
E o relógio dá voltas.
O presidente do Palmeiras sentiu isso na pele.
Foi um exemplo claro.
Quem foi prejudicado ontem é beneficiado hoje.
E será prejudicado novamente amanhã.
Quem se preocupa, perde cabelo.
Quem percebe, assiste de camarote.
Mas não tem a mesma graça.
Para interagir com o autor: oliver@universidadedofutebol.com.br