Olá amigos. Na última semana discutimos os impactos da Copa 3D sobre os pontos de vista da sociabilidade.
No texto de hoje, gostaria de refletir com enfoque na percepção e identificação das imagens como ferramentas que podem ser úteis para a formação de jogadores.
Visão:
Para os atletas, a visualização das imagens 3D podem se configurar numa eficaz ferramenta de feedback, auxiliando na compreensão do jogo e consequentemente nos ajustes a aprimoramento de desempenho.
Todo trabalho, em qualquer segmento que seja, necessita ser avaliado para direcionamento dos rumos e ações futuras. No esporte não é diferente. Aliás, o papel desta avaliação é de extrema importante.
O feedback no futebol pode ser feito de diferentes maneiras, todas elas não excludentes, pelo contrário, a complementaridade entre as formas de análise permitem um aprofundamento proveitoso do processo.
O feedback mais imediato que ocorre é o do próprio atleta (Franks, 1996), no qual obtém uma percepção sensório-motora das ações realizadas, e ele próprio consegue identificar alguns possíveis pontos para melhoria.
É imprescindível que o atleta seja estimulado para tirar proveito desse feedback. (em um texto futuro abordaremos a questão do feedback mais especificamente).
Existe ainda o feedback dos colegas de equipe, que identificam e verbalizam sejam em formas de cobranças ou de orientações.
O feedback do técnico, é uma das formas de avaliação imprescindível para a busca do aprimoramento e ele pode ser feito de diferentes maneiras, seja com orientações sobre pontos de vistas técnicos, seja por posicionamento frente a ações extra campo. Enfim, podem se encaixar com as ditas filosofias de trabalhos de cada treinador.
Umas das possibilidades que podem ser dirigidas pelo treinador, mas que não dependem dele unicamente e talvez esse seja um dos pontos no qual o futebol brasileiro precisa evoluir (jogadores mais autônomos em relação aos seus técnicos, mas isso também é assunto para outro texto), é o feedback através das imagens.
E talvez aí as imagens em 3D podem trazer contribuições significativas para que os atletas visualizem com mais precisão as ações desempenhadas ou pretendidas por ele e/ou equipe e comissão técnica.
A imagem em 3D oferece uma perspectiva importante para que o atleta possa se visualizar, no fato em análise, sem a famosa dúvida que fica quando os técnicos mostram imagens e rabiscos em pranchetas cheias de informações não compreendidas.
A noção 3D permite uma vivência mais próxima das imagens do jogo, podendo resgatar feedbacks sensoriais importantes, lembrando o que diz McLuhan: os primeiros impactos das imagens são sempre sensoriais e depois somente tornam-se racionais, mas esse ciclo é o que permite a racionalização com compreensão.
Na próximo texto daremos sequência aos impactos da Copa 3D tratando das dificuldades de compreensão das imagens. Se por um lado elas podem ajudar enquanto feedback para o atletas, que dificuldades podem surgir?
Para interagir com o autor: fantato@universidadedofutebol.com.br