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Olá, amigos!

No texto da semana passada elencamos alguns pontos que devem ser investigados para traçar as necessidades tecnológicas de um técnico:

 

  • ferramentas de avaliação de desempenho coletivo
  • ferramentas de avaliação de desempenho individual
  • ferramentas de elaboração de planejamento da temporada
  • ferramentas de acompanhamento e controle do planejamento
  • ferramentas de tomadas de decisão e mudanças de rumos e metas.

Em comum, esses pontos levantam, computam e armazenam dados.

Nesse aspecto é importante que o profissional de futebol esteja tanto à frente como nos bastidores dessas ferramentas. Não adianta se colocar apenas como usuário dessas ferramentas, é necessário que se torne um usuário avançado, integrado e hábil para transformar os dados em informação e depois em intervenção.

Por outro lado, é importante também estar nos bastidores, ou seja, por trás do desenvolvimento dessas ferramentas, afinal, não adianta termos recursos tecnológicos de última geração se o que eles fazem não acrescenta ou não contribui em nada para o técnico de futebol. 

Assim, quando criticamos a resistência do futebol temos que entender esse segundo aspecto. Ao cobrar a participação dos profissionais na montagem dessas ferramentas entramos numa questão pessoal que é grande foco de resistência.

À medida que o profissional tem de dispor de seus conhecimentos para desenvolver uma ferramenta padrão ele pode criar uma resistência por dois caminhos diferentes.

O primeiro por realmente não conhecer de futebol de forma tão aprofundada que não quer se expor e deixar evidente sua superficialidade, e segundo por acreditar que ao fazer isso estaria revelando seus segredos e a chave de seu sucesso (embora muitos dos que fazem isso nunca tenham tido tal sucesso).

Tanto uma como outra postura de resistência adotada não justificam-se pela essência e pela real função do profissional nos bastidores e desenvolvimento dessas ferramentas. A falta de conhecimento pode, na medida em que tem de re-estruturar seus saberes para transmitir para a construção do software, auxiliar na atualização do profissional.

Enquanto isso o receio de ter seus segredos revelados se extingue, porque a grande diferença está não na lógica ou padrões que as ferramentas podem adquirir, mas sim no que o usuário final pode fazer com ela.

É nesse aspecto que o profissional moderno deve se diferenciar. Usando uma frase de Edgar Morin que diz “que toda e qualquer informação tem apenas um sentido em relação à uma situação, à um contexto” conseguimos ilustrar essa necessidade de termos a experiência dos profissionais nas montagens das ferramentas, pois eles estão no contexto. Ainda completando com Morin: “não podemos isolar uma palavra, uma informação; é necessário ligá-la a um contexto e mobilizar o nosso saber, a nossa cultura, para chegar a um conhecimento apropriado e oportuno da mesma.”

É possível entendermos porque esse compartilhamento não revela segredos, afinal é o uso que se faz da informação com base na atuação de cada um que teremos a diferenciação (ou os segredos) do profissional.

Para interagir com o autor: fantato@universidadedofutebol.com.br

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