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Saudações a todos!

Estava assistindo ao jogo do Brasil no último domingo, já havia assistido à Argentina no sábado, e fiquei pensando o porquê hoje não há mais diferenças gritantes entre as melhores e as piores seleções. E o bom, para o deleito dos apreciadores de futebol, é que não foram as melhores que regrediram, mas sim as piores que evoluíram.

Tenho certeza de que entre os vários fatores que levaram a esse equilíbrio, o mais importante é o acesso rápido à informação. No entanto, não basta ter a informação, é fundamental saber lidar como ela e transformá-la em conhecimento.

Há alguns poucos anos, quem tinha a informação, tinha o poder, pois a informação era restrita. Exemplos dessa realidade estão por todos os lados. Na política, os mais velhos lembrarão do AI5, institucionalizado em dezembro de 1968, que entre vários atos, censurou a informação, aplicando as normas em todos os meios de comunicação, inclusive nas músicas, cinema, teatro, jornais e revista. Portanto, os poucos que tinham a informação usufruíam de muito poder.

Entre todas as mídias, a mais influente era a televisão, pois como era o único meio de fazer a informação fluir em “massa”, contava a notícia do jeito que melhor lhe atendia. No esporte, também não faltam exemplos. Soviéticos, cubanos, americanos e alemães tinham métodos específicos de treinamentos, guardados a sete chaves, que lhes garantiam enorme vantagem em diversas competições.

Com a evolução da tecnologia, esta realidade mudou e a internet é a grande responsável, já que permite amplo acesso e fluidez das informações. As pessoas comuns, que antes apenas liam ou ouviam sobre determinada situação, sem poder interagir, hoje têm total poder, não apenas para consultar, mas para opinar sobre qualquer assunto.

No mundo coorporativo, essa troca de informações e saber o que fazer com cada uma delas, como aplicá-las na sua empresa, no seu negócio, no seu clube, são fundamentais para potencializar o sucesso dos objetivos. Atualmente, as empresas divulgam e trocam, mesmo entre negócios concorrentes, ações de sucesso, de insucesso, o que foi feito, o que faltou fazer, etc. Qualquer profissional “mais antenado”, antes de iniciar um projeto, consulta a internet, o Google, as redes sociais, para ver quem já fez algo parecido, onde errou, onde acertou, economizando tempo e dinheiro e ganhando qualidade ao aumentar sua assertividade.

No esporte, existem bons exemplos de como a troca de informação é importante para o sucesso de todos. Há algumas semanas, ouvi uma entrevista do Giovanni, bicampeão olímpico de vôlei, hoje técnico campeão brasileiro da modalidade. Ele, ainda um jovem técnico, creditou grande parte do seu sucesso, e do sucesso da modalidade no Brasil, à troca de informações.

Ele contou que constantemente os técnicos das principais equipes do Brasil se reúnem, divulgam o que estão fazendo, que tipo de técnicas e táticas aplicam, os prós, os contras, resultados e frustrações, entre outros. E a partir dessa troca, da difusão das informações, cabe a cada um aplicar do seu jeito, saber como implantar no seu grupo, perante as características particulares de cada equipe.

Após refletir sobre a questão da informação, concluí que as seleções de Venezuela, Bolívia e Peru estão mais próximas de Argentina, Brasil e Uruguai, pois têm acesso às informações – sabem como cada jogador se comporta, quais as táticas dos treinadores, técnicas de treinamentos – e conseguiram usá-las de forma positiva.

Evoluíram e com certeza fizeram as grandes seleções se mexer, sair da zona de conforto, o que é bom para todos e garante maior qualidade aos espectadores.

Da mesma forma que eu refleti sobre o assunto, convoco vocês a refletirem também e deixo algumas perguntas:

– Você tem informações sobre sua área de atuação, sua função?

– Sabe o que outras pessoas que atuam na mesma área, na mesma função, estão fazendo?

– Conhece casos de sucesso e de insucesso?

– Você tem um perfil nas redes sociais? Participa de grupos? Interage nos fóruns de debates?

– Criou ou desenvolveu um novo processo de execução? Divulgou? Pediu opiniões?

Se a maioria das repostas foi sim, parabéns, você tem a informação e sabe lidar com ela para potencializar seu sucesso. Se a maioria das respostas foi não, corra, informe-se, ainda é tempo, mas não demore, se não ficará eternamente no banco de reservas!

E não adianta ficar fazendo cara feia.

É isso, pessoal. Agora, intervalo, vamos aos vestiários e nos vemos na próxima semana.

Abraços a todos!

Para interagir com o autor: ctegon@universidadedofutebol.com.br  

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