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Em meio à inter-temporada 2011/2012 ocorre pelo mundo afora as famosas “peladas” de fim de ano. Com cunho beneficente, muitas delas contam com a participação de ex-atletas e atletas atuais que se reúnem para ajudar ao próximo ao mesmo tempo em que se divertem.

Mas, apesar de toda boa intenção e legitimidade desses encontros futebolísticos, não podemos esquecer que muitos jogadores reclamam o ano todo do calendário exagerado e do excesso de jogos ao longo da temporada, porém, quando têm a oportunidade de permanecerem longe da bola e dos gramados, fazem questão de participar desses jogos.

Então, será que em época de férias, ao invés de descansarem, esses atletas continuam se desgastando e prejudicando seu preparo para a próxima temporada?

A resposta é não se pensarmos no cunho amistoso desses jogos. Pelo nível técnico, provavelmente essas partidas não acarretam sobrecarga emocional nem física para nenhum atleta. Pelo contrário. Ao participar de um evento beneficente, o jogador é capaz de sentir-se bem por ajudar outras pessoas e pelo fato de encontrar muitos amigos e se divertir ao invés competir – esse evento poderá até auxiliar no seu descanso e no seu relaxamento, especialmente no aspecto mental.

Isso porque ao serem expostos a um ambiente de descontração e livre de cobranças, mesmo que se estejam executando um esforço físico, a intensidade é mais baixa e do ponto de vista mental isso serve como alívio, pois muitos estão fazendo o que mais gostam, porém sem a pressão do dia a dia.


 

Mas se pensarmos no ambiente extra-jogo a resposta será sim, pois entre as coisas que poderão atrapalhar as férias desses atletas estão as viagens, o tipo e o tempo de hospedagem, as atividades pós-partida (como excesso de comida e/ou bebida que eles serão submetidos) e especialmente se conseguirão dormir bem ou mal.

Pelo exposto até aqui vemos que a decisão de aceitar ou recusar o convite para uma dessas peladas deverá ser de cada atleta. Para isso se faz necessário que o mesmo avalie todas as condições do evento e calcule se no final da festa ele estará se sentindo mais disposto ou mais cansado.

Em suma, se não houver exageros, esse período de relaxamento será extremamente benéfico para a recuperação, porque nessa época é desejável que haja uma alteração do balanço autonômico desse atleta em que o mesmo deverá sofrer uma diminuição da modulação autonômica simpática e um aumento da modulação autonômica parassimpática.

Por outro lado, se houver abuso, o sistema nervoso autônomo terá um comportamento antagônico ao desejado e ao invés do aumento da modulação parassimpática, haverá um aumento da modulação simpática. Isso poderá indicar piora da condição física e mental do atleta e, sem dúvida, o mesmo iniciará a próxima temporada já bastante prejudicado.

Portanto, para não começar 2012 dando bola fora, é importante lembrar que mesmo não havendo nada proibido, todo exagero pode ser maléfico.

Feliz 2012 para todos!

Para interagir com o autor: cavinato@universidadedofutebol.com.br

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