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Caros leitores,

solicitei à coordenação da Universidade do Futebol uma semana de pausa nas produções semanais para reorganizar minha vida profissional. Relembrando o colunista Bruno Baquete, em um post no início do ano, só teremos conhecimento do que alcançaremos em nosso caminho a partir das nossas decisões. E a que tive que tomar nestes últimos dias modificou bastante meu cotidiano.

Abdicar de uma vida estável na Área Fitness, que ocupava cerca de 30 horas da minha agenda semanal, além do cargo de treinador da categoria sub-14 em meu antigo clube, no ano do meu casamento, para aceitar a desafiadora oportunidade de trabalhar como assistente técnico num clube que voltará a disputar a categoria profissional após 14 anos, na última divisão do futebol paulista, foi bastante difícil.

Bastante difícil, pois a maior inquietação que vem à mente é a da instabilidade dos profissionais de campo do nosso futebol. Não faltam exemplos, somente no presente ano, de equipes que trocaram de treinador nos campeonatos estaduais por pelo menos três vezes.

E esta inquietação teve, obrigatoriamente, que ser superada, pois acredito que a constante troca das comissões técnicas (mesmo com dados apontando a ineficiência) ainda está longe de ser extinta, salvo raríssimas exceções.

Para tomar a decisão, algumas conversas, muitas reflexões e o foco no que almejo para minha jornada profissional em longo prazo. Diante disso, indicarei o contexto deste novo momento de minha carreira. Escolhi este tema, pois ele norteará algumas das minhas futuras colunas.

O novo clube

O Novorizontino, clube da cidade de Novo Horizonte, alcançou a elite do futebol paulista e foi finalista da conhecida “final caipira” em 1990. Na ocasião, a equipe comandada por Nelsinho Batista foi derrotada pela equipe do Bragantino, que tinha como treinador Wanderlei Luxemburgo.

A última grande conquista do Tigre foi o título da Série C do Campeonato Brasileiro em 1994. Quatro anos depois, o clube encerrou suas atividades até o ano de 2010, quando retornou à disputa do Campeonato Paulista sub-15 e sub-17.

A comissão técnica

Élio Sizenando é o treinador da equipe. Campeão paulista sub-20 da segunda divisão em 2010 pelo Paulínia FC e terceiro colocado no Campeonato Paulista da mesma categoria, porém, da primeira divisão, em 2011, são seus principais resultados. Como auxiliar técnico, obteve um acesso à série A-3 do Campeonato Paulista em 2010. Será sua estreia como treinador profissional.

Além do meu cargo, já mencionado no início do texto, a composição da comissão tem Ricardo Guareschi como preparador físico, Jussiê da Silva como preparador de goleiros, Alex Garcia na função de analista de jogo, Cristian Lizana de fisiologista e Walter Zaparolli, que possui muitos acessos em sua carreira, de diretor técnico.

A competição

A Série B do Campeonato Paulista tem início no dia 6 de maio e será disputada por 42 equipes. As quatro melhores no decorrer de cinco fases, ou 30 jogos, conquistam o acesso à série A-3 de 2013.

O elenco

São 34 jogadores com somente um atleta acima dos 23 anos de idade. Tal atleta é o atacante Alessandro Cambalhota, que foi revelado pelo clube novorizontino e jogou em grandes times como Porto-POR, Atlético-MG, Cruzeiro-MG e Fluminense-RJ.

Parte do grupo advém de uma parceria com investidores e atuarão por empréstimo, outros são contratações do clube, além dos atletas oriundos das categorias de base.

Apesar de ser um grupo jovem, o elenco conta com atletas experientes nesta divisão e atletas com muitas “horas de voo” nos campeonatos estaduais de categorias de base. Sem dúvida um time muito competitivo para a disputa desta divisão.

Minhas funções

Como assistente técnico, no contexto atual do clube, tenho como funções:

•Auxiliar o treinador na operacionalização de sua ideia de jogo nas sessões de treinamento;

•Auxiliar o treinador no planejamento semanal, idealizado a partir de uma perspectiva sistêmica;

•Auxiliar o fisiologista no controle da carga de treinamento;

•Desenvolver material virtual com o software Tactical Pad que identifique o comportamento pretendido pela Comissão Técnica nos quatro momentos do jogo e que facilite a compreensão dos atletas;

•Desenvolver e aplicar, juntamente com o preparador físico, atividades preventivas proprioceptivas e de fortalecimento;

•Auxiliar o preparador físico no desenvolvimento de atividades analíticas com o caráter de reabilitação de lesões;

•Capacitar o analista de jogo para observar quantitativamente e qualitativamente nossa própria equipe, além dos adversários;

•Cumprimento de outras funções requisitadas pela diretoria ou por algum integrante da comissão técnica.

Esta inesperada mudança profissional coincidentemente ocorreu após completar um ano como colunista da Universidade do Futebol, que é um marco que não posso deixar de mencionar.

Desde que recebi o convite de Rodrigo Leitão, sabia da responsabilidade que seria substituir um dos maiores estudiosos da modalidade no país. Desde então, com os conhecimentos que tenho e também os que busco para meu aperfeiçoamento profissional, tento manter a qualidade da coluna e contribuir na capacitação de profissionais da comunidade do futebol.

Obrigado Gheorge, Medina, Camarão e Tega pela oportunidade, pelas inúmeras discussões e trocas de e-mails que contribuem dia após dia para meu crescimento pessoal e profissional. Não tenho dúvida de que as magníficas ideias da Universidade do Futebol se disseminarão no “País do Futebol”.

Enfim, se você chegou até aqui, espero que não lamente por não ter aprendido nada sobre tática. Nesta coluna, resolvi abrir minha vida profissional, meus anseios, meus objetivos e minha nova e desafiadora jornada. Pode ser inspiradora ou ao menos provocar uma pequena reflexão em quem pretende seguir carreira como gestor de campo.

Para mim, estou certo, que será (e está sendo) uma grande oportunidade para aliar teoria e prática e, acima de tudo, aprender. Afinal, estamos aqui para isso…

Rumo à série A-3 em 2013!
 

 

Para interagir com o autor: eduardo@universidadedofutebol.com.br
 

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