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Na ultima semana, em nota oficial, a escuderia de Fórmula 1 Sauber e a equipe de futebol inglesa Chelsea anunciaram uma parceria.

À primeira vista, um negócio que causou certo estranhamento no mundo esportivo, um pouco pela fama dos envolvidos e um pouco pela forma inusitada de se vincular futebol e F1.

No site oficial da equipe inglesa, o presidente-executivo Ron Gourlay disse: “Esta parceria vai beneficiar ambos, com o potencial de criar oportunidades comerciais únicas”.

O dirigente destacou ainda o foco na troca de conhecimentos, no desempenho de negócios, intercâmbio em ciência do esporte e proposta de captação conjunta de investidores no mercado. Uma troca de know-how, poderíamos chamar assim.

Pelo lado da Sauber quem se manifestou foi o CEO da escuderia, Monisha Kaltenborn:

“Existem numerosos pontos em comum e sinergias possíveis. Em ambos os casos estamos falando do desporto no mais alto nível, tanto no automobilismo como no futebol. A Sauber F1 Team e o Chelsea FC investem pesado em muitos aspectos comerciais e esportivos, assim queremos reforçarmo-nos mutuamente nessas áreas. Estamos ansiosos para explorar essas oportunidades”.

Nitidamente, esta parceria denota uma troca de experiências e oportunidades de atrair novos investidores, mas um ponto chama a atenção – e este até poderia passar despercebido, pois para alguns colegas com quem discutimos tal notícia o item parece não ter força dentro do pacote de ações que serão desenvolvidas. Trata-se da troca com ênfase na formação de talento, algo assinalado nas palavras do diretor do Chelsea.

O termo “ciência do esporte” foi mencionado por ambos os dirigentes, e pelo lado do clube ainda foi citado que um dos pontos de sinergia é justamente a capacidade da equipe Sauber com seu programa de desenvolvimento de talentos de formar novos e bem sucedidos pilotos, coisa que agrada aos Blues.

Precisamos esperar para ver o que de fato será feito da parceira nesse segmento, mas que a proposta é interessante, sem dúvida nenhuma é. Sabemos que a Fórmula 1 utiliza de tecnologia de ponta e investe forte no desenvolvimento do carro, mas também na formação de pilotos.

E neste aspecto acho que o futebol tem muito a ganhar, pois na formação das competências e habilidades de um piloto encontramos por inúmeras vezes estímulos para lidar com variáveis diversas e interpretação de informações para a tomada de decisão.

Essas tecnologias (recurso e processo) que podem ser intercambiadas entre as partes pode ajudar e muito na formação de futuros jogadores, à medida que, seja pelo aspecto mental, seja pela leitura diferenciada das informações, ou por outro elemento qualquer, agregam-se elementos diferenciais.

Agora, é esperar pra ver. A largada foi dada. Vamos aguardar a bandeirada final.

Para interagir com o autor: fantato@universidadedofutebol.com.br
 

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