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Por muitas décadas a análise do desempenho de jogadores e equipes de futebol, foi atribuição gerenciada por preparadores físicos, departamentos de preparação física e também de fisiologia do esporte dentro e fora dos clubes.

Com o entendimento de que o desempenho geral (e complexo) dentro de um jogo poderia se correlacionar com resultados de testes físicos e/ou fisiológicos, controlados em campo ou laboratório, ficou mais do que justificada, a necessidade de avaliações que pudessem medir níveis de força, resistência e de velocidade dos jogadores de futebol.

Essas medidas, ao longo da preparação e da competição, representavam então, o principal marcador (depois dos resultados dos jogos), da condição dos jogadores para desempenhar aquilo que lhes era necessário dentro das partidas.

Porém, como muitas vezes essas medidas não justificavam exatamente os bons e os maus resultados de jogo, emergiram questionamentos, e também (e principalmente) mudanças de entendimento a respeito dos resultados do testes.

Com o surgimento e aperfeiçoamento de tecnologias que permitiram olhar para o jogo sob diversos outros/novos ângulos – e com a melhor compreensão sobre aquilo que efetivamente ocorria dentro dele –, novas variáveis ganharam importância e passaram a ser observadas.

O significado de “desempenho”, de maneira geral passou a abarcar algo
mais amplo.

O significado de “análise de desempenho” deixou de ser uma análise estritamente “física” e passou a ser uma busca permanente a algo mais específico (sob o ponto de vista da complexidade) do jogo e do jogar.

Em grandes clubes europeus, por exemplo, o controle refinado de treinos e jogos a partir de GPSs, imagens, softwares de análise de vídeo, “scout”, cardio-frequencímetros e acelerômetros (dentre outros) tem permitido, há algum tempo, uma observação mais apurada do que é o desempenho de jogadores e de equipes – e mais ainda, um entendimento melhor do porque se ganha e do porque se perde.

Esses controles não são privilégio de equipes européias, claro.

No Brasil, alguns clubes de futebol de ponta, no altíssimo nível, dispõem dessas e/ou de outras tecnologias, o que têm dado suporte total à comissões técnicas para melhor desenvolvimento de suas equipes, jogadores e das correções de rota nos trabalhos.

A análise dos motivos que levam à vitória e à derrota está cada vez mais fina – o que a médio prazo pode possibilitar um controle muito mais amplo sobre as variáveis que levam uma equipe a vencer (claro, sem perder de vista a imprevisibilidade e a complexidade, típicas do jogo).

O mais importante disso tudo, é que a análise de desempenho está em um caminho sem volta (e isso é ótimo). Cada vez mais se faz presente a tendência de que a avaliação sobre um jogo deve ter correlação altíssima com o seu resultado.

Afinal de contas, se os resultados de qualquer análise apontam para bom desempenho, mas a equipe não consegue bons resultados em jogo, ela (a análise), não está definitivamente fazendo seu papel.

Se um sujeito vai ao médico, faz um check-up e tudo parece estar bem, pode ser ainda que não esteja. Ele pode ter feito os exames errados, o que não possibilitou a ele ver aquilo que precisava ser visto.

O desafio da “análise de desempenho”, no momento atual, é justamente esse. É preciso analisar o que é efetivamente determinante para o significado complexo de “desempenho”.

É preciso ver, o que precisa ser visto…
 

Para interagir com o autor: rodrigo@universidadedofutebol.com.br
 

 

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