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Desde setembro do ano passado, tenho acompanhado muitas reportagens intitulando ações proativas da Uefa contra seus filiados, os clubes, no sentido de dar maior transparência para o futebol e procurando resolver questões relacionadas à má gestão ou à falta de uma postura mais ética destas organizações com a retirada deles das principais competições europeias.

Casos como os ligados à corrupção, racismo ou que ferem os princípios do recém criado “Fair Play Financeiro” são os principais alvos das punições, começando a acender um sinal vermelho sobre práticas consideradas maliciosas para a indústria do futebol como um todo.

Para a grande maioria dos casos, a resposta tem sido por meio de sanções esportivas, transmitindo assim uma mensagem mais dura contra aqueles que usam a bandeira do futebol para fins estritamente políticos e/ou econômicos – estes últimos, mais das vezes, pelo viés negativo da questão econômica.

A Uefa vai, a bem da verdade, cumprindo um papel importantíssimo das entidades de administração do esporte, que é o da regulação e adoção de princípios de governança de todos os seus filiados. Protege, por assim dizer, seu bem mais precioso, que é a prática do futebol de acordo com os princípios ligados a sua gênese: de nobreza e respeito a todos os envolvidos.

Já é exemplo! Para nós, aqui do outro lado do mundo, serve como alerta para que não tomemos iniciativas como esta de forma tardia ou meramente parcial, de maneira rasa e politiqueira. Precisamos urgentemente de um novo modelo que direcione e governe a indústria do futebol frente aos mais recentes desafios econômicos e sociais que estamos vivendo.

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