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Wembley. Estreia da Inglaterra na Copa de 1966. Pedro Rocha recebe um balão de costas para a meta de Banks. Dá um chapéu em Bobby Moore sem ver às costas dele um dos maiores zagueiros da história, e emenda de sem-pulo. Foi o único aplauso do estádio no chocho empate sem gols. Que ainda veria outro chapéu de El Verdugo em Jack Charlton.

Muito mais de bola não se viu naquela Copa. Mas em outras três, jogando bem ou mal o Uruguai, o que se viu de bom futebol se viu pela cabeça privilegiada para jogar, cabecear e falar. Foi visto pelo peito de raça e classe de quem vestiu camisas como se fossem a própria pele. Quem podia jogar e ganhar de times com Pelé. Ademir da Guia. Rivellino. Tostão. Gérson. Companheiro de São Paulo no no bi paulista de 70-71.

O Canhota foi mais um craque que foi ainda melhor por atuar ao lado de um dos grandes. Grandíssimos. Rocha que cortava e construía. Pedro pedreiro de grandes times como o Peñarol e o São Paulo. Pedro Rocha que sabia se posicionar em campo e fora dele.

Craque uruguaio que brilhou no Brasil. O que é para poucos. Craque que jogava com e pelo time. O que é pedra ainda mais bruta. Pedro Rocha que lutou bravamente contra longa doença que hoje nos deixou.

Partida que deixa o legado do bom futebol. De quem hoje se irritava com jogador que celebra gol tirando a camiseta. “Para quê? Para mostrar o peito musculoso?”

Era disso que ele também se queixava há alguns anos quando assistia a um futebol diferente do dele. Onde ele admitia ser difícil se encaixar. Embora todo o talento que tivesse o escalava em muitos dos melhores times de todos os campos e tempos.

Pedro Rocha fez do pavor de tomar gols dele e do time dele uma arte. Doía perder para o São Paulo com ele nos anos 70. Mas confortava saber que não era para um time qualquer. Muito menos para um camisa dez comum.

Viejo Verdugo, uma vítima mais uma vez se curva. Eternamente em sua homenagem


*Texto publicado originalmente no
blog do Mauro Beting, no portal Lancenet.
 

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