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Os desdobramentos do caso Portuguesa e Flamengo, ao perderem 4 pontos na última rodada do Campeonato Brasileiro, reativou alguns dos “eternos” debates e dilemas do futebol no nosso país.

Primeiro, que volto a frisar (como já fiz em outras colunas), vi pouca gente associar os “erros” a falhas de gestão. A grande maioria recai sobre as “leis das conspirações”, procurando justificar o consequente rebaixamento da Portuguesa como “algo de força maior”.

Poucos, reforço, poucos, levantaram a simples lógica de que a Lusa falhou em processos internos. O que estamos fazendo é o mesmo que colocarmos a culpa no Governo para o caso de a justiça punir uma Empresa X pela falta de pagamento de tributos – para um caso análogo ao exemplo, no ambiente corporativo, o contador da tal Empresa X seria imediatamente desligado e, conforme a gravidade, ser processado em outras esferas jurídicas por esta com a finalidade de reaver perdas financeiras. Tão simples quanto isso.

Voltando ao caso da Portuguesa (e do Flamengo), a previsão regulamentar por escalação de jogador irregular é a perda de pontos no Campeonato (e ponto final). Não vi nenhuma reportagem na mídia, até o momento, de uma ação proativa da Portuguesa interessada em fazer sindicância interna e responsabilizar Gestores, Diretores ou pessoas que deveriam cuidar do mais elementar processo de gestão no futebol: o controle e registro de jogadores.

Dito isso, e como pano de fundo tendo uma enxurrada de debates sem qualquer propósito, ressurgiu a questão do Calendário e a sugestão de se acabar com a disputa do Campeonato Brasileiro por pontos corridos. Primeiro, que quem pensa nisso é porque nunca leu um balanço de clube e sua evolução financeira no último decênio. Tampouco considera a taxa de aprendizagem do público em consumir uma competição neste formato – sim, mudança cultural não se resolve em uma década…

E em matéria de calendário, não há que se reinventar a roda. O modelo é o Europeu, que divide claramente o Campeonato nos finais de semana – momento para um lazer com a família, um hábito de consumo corriqueiro, que todos os torcedores sabem que irão ocorrer – e nos dias de semana as Copas e Taças, sejam elas de um torneio nacional ou continental.

É tão simples quanto isso: garante-se a receita e a confiabilidade em jogos nos finais de semana e a tão propalada “emoção” das disputas por sistema de eliminatória no meio da semana, preservando-se, naturalmente, a quantidade de jogos ao longo do ano para que se tenha qualidade em todas as disputas.

É isso. E que se pare a tomada de decisão pela emoção, sem uma análise lógica e coerente sobre o esporte (enquanto disputa) e os negócios que são gerados em torno dele…

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