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Tenho acompanhado muitos debates, textos, comentários e projeções sobre a Lei de Responsabilidade Fiscal do Esporte (LRFE), que na verdade se presta a resolver parte dos problemas dos clubes brasileiros. Parte!!!

Assim como na votação de outros temas importantes para o país, o jogo de forças e de análises de diversos lados para que se aprove as próprias convicções no texto da lei são claras para o caso da LRFE.

Mas a grande questão que coloco é: será que a lei irá mesmo resolver os problemas mais crônicos do futebol brasileiro? Será que as entidades que fazem parte formalmente do sistema (clubes, federações e confederação) tem a dimensão real deste problema? Quem se adapta melhor e mais rápido a novos sistemas – governo ou clubes?

Tenho plena convicção de que a lei não estanca todos os problemas. Pelo contrário, pode criar novos, se mal formatada e, principalmente, mal administrada – tal e qual ocorreu com a Timemania, que se prestava a zerar todos os passivos das entidades de prática esportiva, mas que levou a um problema ainda mais crônico oito anos mais tarde (atualmente).

A bem da verdade, acredito muito mais em estímulos para boas práticas em detrimento a sanções para quem não faz. Isso torna o processo muito mais saudável, uma vez que poderia apresentar alguns mecanismos de melhoras de gestão dos clubes (customizado ou não para cada realidade) mesclados com a solução das questões fiscais e endividamento das entidades. Por seu turno, não se evidenciaria as más práticas, mas sim as entidades que evoluíram positivamente em seus processos internos.

Ao invés de criar mecanismos esportivos (agora o debate é verificar se a fiscalização deve ocorrer de três em três meses ou anualmente, tendo o rebaixamento de divisão como punição esportiva), que pode resolver em partes, mas que também pode criar um emaranhado de interpretações que retarde qualquer processo de punição que esteja previsto no texto.

Por ser um tanto quanto cético quanto a aplicabilidade de novas leis no país – até por acompanhar a construção de bons textos em determinados momentos, mas que acabam “não pegando”, pelo jargão que se coloca a cada sanção/regulamentação – proponho pensarmos em uma agenda positiva sobre a gestão do futebol. Precisamos criar novos mecanismos que resulte efetivamente em mudanças. Construção de novas leis tem se mostrado ineficiente na prática. 

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