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Não, eu não contei quantos treinadores caíram nos últimos anos. Não, este número do título não é verdadeiro. É que o assunto, de tão repetitivo, chega a ser irritante e, portanto, para o conceito, qualquer número serve.

Está difícil, inclusive, falar sobre gestão do esporte e no futebol brasileiro porque os erros e atitudes se repetem em demasia. Não há erro novo no mundo da bola. Talvez esta eterna dança de treinadores seja o símbolo mais tangível do nosso retrocesso, ou melhor, da falta de qualquer inspiração para se ter um pequeno avanço.

É inconcebível uma evolução de modelo em que não se preserva o trabalho, mas se decide pelos resultados pontuais. Não se tem como mensurar e comentar um negócio em que não se vê claramente o começo, meio e fim de uma proposta de desenvolvimento de projeto.

Dizem que profissionalizar é a solução, mas até isso os clubes entenderam de maneira equivocada: não basta contratar uma pessoa para resolver todos os problemas, tendo sob o seu guarda-chuva uma série de dirigentes não remunerados, sem conhecimento de causa ou formação específica. A banalização do termo tem sido o maior perigo ultimamente e tem refletido em muito nesta dança das cadeiras.

Estruturar um projeto consistente, em que se tenha clareza sobre as tomadas de decisão (e os possíveis riscos do conjunto dessas decisões), são fundamentais para o sucesso e a sobrevivência do mesmo. Depois, como em qualquer ambiente de negócio, é que se cobre os resultados planejados e os eventuais equívocos cometidos.

Continuo torcendo (e muito) para que tenhamos novos problemas para debater. Do jeito que está, fica cada vez mais claro como estamos estagnados e não estamos conseguindo evoluir verdadeiramente. É preciso experimentar algo diferente… E pra ontem!!! 

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