Entre para nossa lista e receba conteúdos exclusivos e com prioridade
Entre para nossa lista e receba conteúdos exclusivos e com prioridade

Há cerca de dois anos foi discutida a importância de controlar o aproveitamento semanal dos jogadores ao longo de um microciclo de treinamento. Em tempos de mensuração de inúmeras variáveis do treino, foi apontado (e cada vez mais é confirmado) que dados sutis e relevantes da equipe são colocados em segundo plano e, na imensa maioria das vezes, desconsiderados.
Recentemente, acompanhando uma declaração de Diego Simeone, técnico do Atlético de Madri-ESP, sobre um dos seus segredos de gestão da equipe, ele apontou o máximo estímulo à competição entre os atletas. Tal fato despertou o tema da coluna desta semana, que pretende reacender a discussão sobre um controle de treinamento específico à modalidade.
Quanto à opinião de Simeone, mais do que competir internamente, o atleta deve ser educado ao longo de um processo de formação e mesmo profissionalmente, a competir com ele mesmo. Numa busca constante por crescimento, autoconhecimento e, basicamente, por ser melhor do que ontem e pior do que amanhã.
Nesta perspectiva, uma planilha de aproveitamento semanal de treinamento atua como uma ferramenta simples, porém, de significativa relevância por proporcionar reflexões não somente aos jogadores, mas também às comissões técnicas.

Em linhas gerais, ao longo do microciclo de treinamento, os vencedores de cada jogo são registrados para que após o término da semana a Comissão Técnica (e os próprios jogadores) tenham ciência do aproveitamento da equipe. Na planilha, para cada dia são indicados os pontos disputados, os pontos feitos e o peso do dia, estabelecido em função da complexidade estipulada para a sessão de treino. Nas últimas colunas a planilha contabiliza o total de pontos feitos, pontos disputados, além do percentual de aproveitamento.

Nas atividades, cada vitória vale 3 pontos e empate 1 ponto. Como indicador de desempenho para o aproveitamento semanal, a sugestão de classificação é a seguinte:
Até 33,33% – Nota 1 – (aproveitamento baixo)
De 33,34% a 50% – Nota 2 – (aproveitamento regular)
De 50,01% a 60,00% – Nota 3 – (aproveitamento bom)
De 60,01% a 70,00% – Nota 4 – (aproveitamento muito bom)
De 70,01% a 100% – Nota 5 – (aproveitamento excelente)
Nas últimas temporadas, os grupos que foram submetidos a este controle de treino foram os seguintes:
Grêmio Novorizontino – equipe sub 20
Grêmio Novorizontino – equipe sub 17
Clube Atlético Paranaense – equipe sub 13
Clube Atlético Paranaense – equipe sub 17
Atualmente, tal controle também está sendo realizado na categoria que trabalho.
Quem teve oportunidade de acompanhar a aplicação permanente desta ferramenta de controle, seja através de estágios, visitas técnicas ou até os integrantes da Comissão Técnica da categoria que desconheciam este controle afirmam que a “intensidade” do treinamento impressiona.
Na tentativa de aproximar o Jogo do treino, classifico esta ferramenta como indispensável!
Como, muitas vezes, somos atraídos por números para nos certificarmos e chegarmos às conclusões quanto à validação/aprovação/promoção de um atleta, é válido afirmar que o aproveitamento semanal é somente mais uma das inúmeras variáveis que devem compor a Avaliação Interdisciplinar de um jogador. Por exemplo, seguramente, aquele atleta não maturado numa categoria sub 15, tem grandes chances de ter um baixo aproveitamento semanal em virtude da dificuldade de conseguir suportar o jogo em comparação a outros atletas. Talvez, para este jogador, o que valha não é saber qual a sua média de aproveitamento semanal e sim, como é a sua resposta a ela.
Caso tenha interesse,
clique aqui e realize o download da planilha.
Abraços, bons treinos e até a próxima!

Compartilhe

Share on facebook
Share on twitter
Share on linkedin
Share on whatsapp
Share on email
Share on pinterest

Deixe o seu comentário

Deixe uma resposta

Mais conteúdo valioso