Entre para nossa lista e receba conteúdos exclusivos e com prioridade
Entre para nossa lista e receba conteúdos exclusivos e com prioridade

Influenciamos e somos influenciados pelo ambiente! Ao longo da minha trajetória profissional, posso afirmar que trabalhei em clubes e com pessoas preocupados com o desenvolvimento do futebol brasileiro. Estes ambientes sempre me tiraram da zona de conforto, direcionaram meus estudos e influenciaram minha prática, sustentada pelas reflexões e aprendizagens que as trocas permanentes de conhecimento proporcionaram. Quando paro e penso em que nível me encontraria se meus caminhos profissionais tivessem sido outros, em ambientes pouco críticos e/ou avessos ao conhecimento, agradeço as oportunidades que tive.
Em uma delas, numa das ações de capacitação de um dos clubes que trabalhei, participei de uma aula com o psicólogo do clube, presente na rotina mas não no dia a dia de treinamentos, sobre os elementos que as comissões técnicas devem desenvolver em seus jogadores, através do treino, para potencializar a aprendizagem.
Na ocasião, o psicólogo afirmou que é dever das comissões técnicas encontrar formas inovadoras de ensino/estímulos/treinamento, que possibilitem um maior desenvolvimento e aperfeiçoamento dos atletas. Neste contexto, foi abordado o conceito de neuroplasticidade, que é a capacidade do cérebro de ser alterado, modificar suas funções e aprender novas tarefas e foi discutido também que o caminho para o maior desenvolvimento dos jogadores é o de um ambiente que proporcione uma “desacomodação” contínua.
Afirmou ainda que, num cenário em que a evolução da modalidade e dos métodos de treinamento são significativos, é indispensável uma prática profissional com visão sistêmica e transdisciplinar. Temas bastante debatidos na Universidade do Futebol.
A partir destes tópicos introdutórios, o profissional concentrou sua apresentação em três elementos que devem ser desenvolvidos no treinamento sob o ponto de vista psicológico. São eles:
* o foco atencional;
* o endurance psicológico;
* a intencionalidade e consciência corporal.
Resumidamente, sintetizando as explanações do próprio psicólogo, entende-se por foco atencional a capacidade de, diante de inúmeros estímulos, selecionar àqueles que voluntariamente serão dispensados atenção; endurance (ou resistência) psicológica como a capacidade de suportar emocionalmente tarefas que nos são impostas; e intencionalidade/consciência corporal, que significa agir com significado (intenção) em um determinado contexto.
Como a atuação deste profissional não se estendia às atividades de campo, mesmo que sob o viés observacional, aparentemente, faltavam exemplos reais que pudessem deixar mais tangíveis os conceitos discutidos.
Aparentemente, pois bastava estabelecer as relações de uma metodologia sistêmica, que tem o Jogo como essência do processo de ensino-aprendizagem para concluir o quanto os elementos supracitados são estimulados.
Se você trabalha com Jogos, seguramente, deve ter um exemplo de um treino em que o ambiente criado, desafiador, imprevisível e suspenso à realidade, potencializou o desenvolvimento destes três elementos, permitindo abordagens relevantes no processo de construção do modelo de jogo (que é tudo, logo, também psicológico).
Obrigado, dr. Gilberto por trazer ricos argumentos e contribuir significativamente com minha atuação profissional.
Deixo, leitor, uma reflexão: em sua opinião como desenvolver o foco atencional, endurance psicológico e intencionalidade específicos?
Abraços e bons treinos!

Compartilhe

Share on facebook
Share on twitter
Share on linkedin
Share on whatsapp
Share on email
Share on pinterest

Deixe o seu comentário

Deixe uma resposta

Mais conteúdo valioso