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Conforme amplamente divulgado, o América mandará sua partida contra o Palmeiras na cidade de Londrina/PR e não em seu estádio, o Independência.

A partida teria sido adquirida por um empresário que pagou R$ 700.000,00 para a realização do evento esportivo na cidade paranaense.

Londrina esta há menos de 150 km do estado de São Paulo e possui imensa torcida por clubes paulistas, o que tem gerado certa polêmica. Eis que pode haver desequilíbrio técnico e, Flamengo e Atlético (rival local do América), possuem grande interesse na partida que é chave para a disputa do título.

O Regulamento Geral das Competições da CBF proíbe a inversão do mando de campo, ou seja, a partida não poderia ocorrer em São Paulo, mas permite a transferência de partidas para outros estados desde que o clube mandante obtenha, por escrito, a aprovação e concordância de todos os envolvidos, (federação ao qual está filiado, a federação anfitriã e o clube visitante), cabendo à CBF/Diretoria de Competições o poder de veto, levando em conta os aspectos técnicos e logísticos.

Ou seja, somente a Diretoria Geral das Competições da CBF pode analisar eventual desequilíbrio técnico e, se for o caso, vetar a transferência da partida.

O que, em uma análise preliminar, parece ocorrer no caso concreto uma vez que, conforme já exposto, Londrina está muito próxima do estado de São Paulo e possui, tradicionalmente, muitos torcedores dos grandes clubes paulistas.

Por outro lado, o América Mineiro possui uma das piores médias de público da competição o que reduz, na teoria, o “fator campo” no seu desempenho. Além disso, o valor oferecido pelo empresário é bastante significativo, especialmente, para clubes sem aspirações na competição.

Ressalte-se que o Estatuto do Torcedor não traz qualquer proibição à alteração de data, local ou horários de partidas. O que não pode ser alterado após a divulgação definitiva é o regulamento e não a tabela.

Por fim, é importante que os clubes e a Diretoria de Competições da CBF fiquem atentos, pois tal prática pode se tornar comum e ser amplamente utilizada em favor dos clubes de maior poderio econômico.

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