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Não tenha medo de fracassar. Você não vai ganhar sempre, mas não pode ter medo de tomar decisões. Talvez esse seja um dos fatores positivos das pessoas que se mantém no auge por longo(s) período(s). O erro faz parte do ser humano, pois, se assim não o é, é porque não é humano. Frequentemente essas pessoas erram, porém de forma não sistemática e com grande facilidade de não cometer o mesmo erro (tem certa humildade técnica e metodológica).  Com certeza estas pessoas não têm nada de burros, apenas na maioria, quase que na totalidade dos casos, não são compreendidas. Pode haver pessoas que entram e saem do patamar mais alto, isso é suscetível de acontecer com todos. Mas a grande importância está na capacidade de adaptação à novas ideias, humildade, reflexão, experiência e tentativa, proporcionando assim a cultura do risco.

O que não há a mínima possibilidade de arriscar sem correr riscos. O jogo por si só te exige arriscar e tomar decisões difíceis. Os grandes jogadores são aqueles que fazem um passe ofensivo, por exemplo, em uma situação de pressão e espaço, que poucos se arriscariam. Fazer o “normal” ou o que a maioria faz, te coloca na mesma posição no qual a maioria está. Ousar ao tentar o “novo”, o raro, o difícil, te coloca primeiramente em uma posição de querer ganhar.

Contudo necessitamos ainda aprender a diferenciar arriscar com negligenciar. Tento trazer um exemplo do jogo Manchester City 1×3 Chelsea do dia 03/02.

Claro que entrando na utopia da especulação, no meu ver, ao negligenciar a marcação e alguns preceitos defensivos, o atacante teve vantagem territorial quando a equipe retomou a posse de bola, conseguindo chegar a frente dos defensores. Minha intenção não é mostrar o certo ou errado, tão pouco incentivar o não comprimento daquilo que deve ser feito, é simplesmente tornar as claras que devemos interpretar os acontecimentos durante o jogo.

Sorte ou azar? Depende se o acaso for favorável ou não.

Neste caso, quando se joga não só a alto nível, tem que se ter o senso de reconhecer o momento certo que se deve arriscar, e saber diferenciar quando se negligencia algo importante nas ideias coletivas e individuais da equipe. Assim fica fácil conhecer melhor a si mesmo e também os seus jogadores quando colocados em situações delicadas que fogem ao contexto “normal” criado naturalmente nos treinos para serem, possivelmente, repetidos nos jogos.

Devido a isso, os grandes campeões, assim como as grandes personalidades deste mundo, são pessoas que em muitos momentos tomaram decisões difíceis. E de fato, um treinador de futebol está em grande parte do jogo tomando decisões táticas para modelar a sua equipe a procura de um melhor desempenho buscando a vitoria, assim como os jogadores, que são os únicos responsáveis por fazer algo na prática, in loco, para alcançá-la.

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