O ano de 2016 ficou para trás. Um ano que ficará marcado para o resto de nossas vidas como o ano em que os deuses do Olimpo desembarcaram no Brasil, conheceram nossa batucada e se deleitaram com os maiores Jogos Olímpicos de todos os tempos na cidade maravilhosa.
Mostramos ao mundo que a organização impecável fica pequena diante da alegria, da hospitalidade e do gingado que só o brasileiro tem.
Sentimos orgulho!!! Nunca foi tão bom ser brasileiro!!!!
No final de 2016, nos Tribunais, o embate entre Riascos e o Cruzeiro teve dois novos capítulos. Primeiro, o atleta conseguiu uma liminar em um Habeas Corpus para atuar em outra equipe, logo em seguida, o clube conseguiu a revogação da liminar e Riascos continua no Cruzeiro.
No apagar das luzes de 2016, a maior tragédia da história do futebol nos assolou e devastou os nossos corações. A Chapecoense (nosso xodó) teve, praticamente, todo seu elenco dizimado em um acidente aéreo logo no momento em que voava para fazer a partida mais importante da história do clube, a final da Copa Sul-Americana.
Como bem destacou o advogado e membro da Academia Nacional de Direito Desportivo, Maurício Correa da Veiga em sua já tradicional retrospectiva do direito desportivo (http://www.conjur.com.br/2016-dez-31/retrospectiva-2016-direito-desportivo-passa-periodo-ebulicao):
“Por outro lado, a tragédia fez desabrochar o que há de melhor no ser humano: a solidariedade e a compaixão. A grandeza do povo colombiano, em especial o time e os torcedores do Atlético Nacional de Medellín, irradiou pelo planeta um sentimento que parecia estar ausente nas pessoas”.
Ainda, no finalzinho de 2016, a comissão de juristas, responsável pela atualização da Lei Geral do Desporto (conhecida como Lei Pelé) apresentou o relatório ao Congresso Nacional.
Segundo o relator Wladimyr Camargos, em entrevista à Agência Senado, a filosofia de seu relatório será “recuperar o espírito da Constituição de 1988, rompendo com a intervenção estatal presente nas legislações posteriores”.
A comunidade jusdesportiva aguarda com muita expectativa as mudanças que agora dependerão da aprovação nas duas casas do Congresso (Câmara e Senado).
As mudanças já começaram com a instauração do Tribunal Único Antidopagem que, em cerimônia realizada em dezembro, na sede do Ministério do Esporte, em Brasília, empossou os nove integrantes da corte. Fernanda Bini, Luísa Parente, Marcel de Souza, Luciano Hostins, Guilherme da Silva, Gustavo Delbin, Humberto de Moura, Tatiana Nunes e Eduardo de Rose foram os escolhidos pela Comissão Nacional de Atletas (CNA), confederações esportivas e Ministério do Esporte. Os nomes foram aprovados na 35ª reunião do Conselho Nacional do Esporte (CNE).
Após a posse, os nove membros se reuniram na sede do ministério para definir o nome do presidente do tribunal. O escolhido, por meio de votação, foi Luciano Hostins. Os membros do tribunal têm mandato de três anos, com possibilidade de recondução por outros três anos.
Com a nomeação dos integrantes do tribunal e a realização da primeira reunião, a expectativa é de que, nos próximos dias, a Agência Mundial Antidopagem (Wada, na sigla em inglês) declare o Brasil em conformidade com seu código mundial, levantando a suspensão anunciada no mês passado, durante encontro do Conselho de Fundação da entidade, em Glasgow (Escócia).
Os nomes indicados para sua composição deram o conforto ao desporto brasileiro de que o combate à dopagem será feroz, justo e efetivo.
Depois de muitos anos, é o primeiro ano que começa sem a expectativa de um grande evento esportivo. Passaram a Copa das Confederações, a Copa do Mundo e os Jogos Olímpicos.
Se em 2016, a Seleção Brasileira recuperou a autoestima, 2017 é o ano para reafirmar a condição de favorita ao título mundial em 2018.
Na Copa Libertadores da América, Palmeiras, Atlético, Flamengo, Santos, Botafogo, Grêmio e Chapecoense tem tudo para quebrar o jejum de títulos brasileiros. Aliás, com o abismo orçamentário entre os clubes brasileiros e o resto do continente, deveríamos ter uma larga supremacia.
No âmbito internacional o ano já começou com duas novidades: a Conmebol declarou guerra à manipulação de resultados com a contratação de empresa especializada e a FIFA tornou a Copa do Mundo ainda mais global com o aumento do número de participantes de 32 a 48, a partir do Mundial de 2026.
Ainda estamos nas primeiras páginas de 2017, que escrevamos capítulos memoráveis.