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Tenho escrito algumas vezes sobre a importância da gestão da carreira dos atletas e como isso é um tema valioso para os nossos debates atuais. Um fato recente colocou em prova a necessidade desta discussão: a demissão do cargo de treinador do ídolo São Paulino, Rogério Ceni.

Será que um adequado planejamento para transição de carreira, demonstra-se estratégia importante frente aos desafios da uma nova carreira para os atletas profissionais dentro do futebol brasileiro?

Podemos começar essa reflexão reforçando um ponto importante para um bom e adequado planejamento visando uma efetiva transição de carreira: as decisões fora das quatro linhas. Elas podem ser tão ou mais delicadas, do que aquelas tomadas dentro de campo e esse cenário traz a necessidade de cada atleta conhecer brevemente as fases de uma carreira no esporte e os impactos de uma decisão infundada.

Existem formas de apoio para que um atleta possa tomar as decisões mais adequadas, para sua carreira, fora do campo. Vamos relembrar uma delas: A análise do campo de forças. Este é um modelo baseado no trabalho de Kurt Lewin’s – “Teoria dos Campos”, que descreve o campo de forças ou pressões agindo em um evento particular num determinado momento. Essencialmente, a teoria sugere que forças que agem para mudar uma situação são balanceadas com forças que agem para resistir a mudança.

Na prática funciona desta maneira: um coach avalia junto ao coachee (atleta) quais são as forças que impulsionam e as forças contrárias em relação a uma determinada situação, cenário ou objetivo desejado. Ou seja:

  • Define-se a situação atual da carreira do atleta;
  • Define-se o objetivo do atleta (resultado desejado);
  • Identifica-se todas as possíveis forças impulsionadoras;
  • Identifica-se todas as possíveis forças contrárias;
  • Realiza-se uma análise das forças concentrando-se em:
    • Redução das forças contrárias a resistência;
    • Fortalecimento ou adição de forças impulsionadoras e favoráveis ao processo.

Tendo em mãos estas reflexões o atleta tem maiores e melhores condições de perceber se o cenário avaliado é o que mais se adere aos seus objetivos de carreira e aos seus desejos pessoais. A partir deste cenário, deve-se elaborar um plano de ação para atender os itens que fortaleçam e impulsionem a realização do cenário escolhido.

E aqui então, temos um grande e importante ponto de atenção, muitas vezes o atleta ainda não tem realizada todas as etapas e ações que são sugeridas no referido plano, e nestes casos ele pode cair numa armadilha de uma rápida transição, através de um promissor convite ou de uma repercussão positiva que sua carreira anterior tem sobre alguma instituição esportiva.

Isto posto, temos a possibilidade de analisar, frente ao acontecido com o ídolo São Paulino, se realmente as técnicas para um bom planejamento visando a transição de carreira são ou serão realmente efetivas, tendo em vista o contexto imediatista do nosso futebol, no que se refere ao cenário de uma carreira técnica dentro do esporte.

Até a próxima!

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