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Com pouco mais de 32 mil km², idioma próprio e cerca de 7,5 milhão de habitantes, a Catalunha é uma comunidade autônoma espanhola cuja capital é Barcelona. É governada pelo separatista Carlos Puigdemont, do Partido Democrático Europeu Catalão (PDeCAT), e a sua assembleia possui uma maioria esmagadora de deputados que apoia o movimento separatista.

A comunidade autônoma é a mais rica da Espanha e conta com um PIB de mais de 200 bilhões de euros.

Sob o slogan “mais que um clube”, o Barcelona, um dos maiores times do mundo, não representa apenas os títulos conquistados, mas a identidade catalã, que vive o sonho separatista e um conflito diplomático antigo com o governo espanhol. Mais que um clube porque o Barcelona representa a cultura e os sentimentos da nação catalã, tanto que em 1921 redigiu seus estatutos em catalão.

Por tudo isso, ao trocar voluntariamente o clube catalão pelo PSG, o sentimento do povo da Catalunha não é de ter havido uma simples opção profissional (e financeira), mas, de ter virado as costas para tudo o que o clube simboliza.

É algo como se amanhã Neymar trocasse a Seleção Brasileira pela Uruguaia. A sensação é de traição, de menoscabo. Por isso um dos maiores jornais de Barcelona, o “Sport” entabulou a manchete “Hasta Nunca” (até nunca mais).

A transferência que promete fazer girar os polos geográficos do futebol colocando Paris no centro, deve fazer de Neymar um “vilão” do povo catalão.

Independente do desenrolar político, o mundo dos negócios do futebol se dividirá em antes e depois da transferência Neymar/PSG.

Parabéns, Marcelo Bechler pelo mega furo, e sorte ao Neymar.

Que venha o hexa, na Rússia, com mais um brasileiro “camisa 10 no PSG”.

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