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Na tomada de decisão a sabedoria é mais importante do que o conhecimento. Sabemos que conhecimento é deter a informação do “correto” em determinada situação, podemos chamar também de conhecimento declarativo. Já a sabedoria é o “saber fazer”, transformar o conhecimento em uma ação correta, chamamos também de conhecimento processual. Precisamos enquanto gestores do rendimento fazer com que o atleta tenha o conhecimento da informação correta, assim ele pode unir o seu “saber fazer” com o conhecimento de como fazer certo. Ensinar o atleta a pensar o “porquê” daquilo que ele faz, certo ou errado, desenvolvendo o entendimento coletivo e individual dele. Com isso, criando um grupo de atletas que saibam “onde” estão, “porque” estão e “para que” estão. Uma organização onde cada membro saiba o seu papel para o desenvolvimento do todo.

O jogador precisa saber o que está fazendo. E isso envolve um processo educacional de treino que usualmente não se utiliza. Um processo de ensino-treino que o jogador também faz parte da construção do seu jogo e da equipe. Exemplificando no lado social: isso significa deixar que as crianças brinquem um pouco, e só um pouco, com “fogo”, aprendendo a lidar com as “lesões” para seu próprio desenvolvimento futuro. Isso também significa deixar que os jogadores experimentem algum nível de estresse, não em excesso, para que possam despertar (sair da zona de conforto). Mas ao mesmo tempo, eles precisam ser protegidas de perigos maiores. Penso que devemos ignorar os pequenos perigos, devemos investir nossas energias em protegê-los de perigos maiores, danos significativos. Assim criaremos uma organização que aprende e se desenvolve com os próprios erros, gosto de chamar de uma organização antifrágil. Antes de mais nada precisamos diminuir as desvantagens significativas, aquele mínimo que já faz toda a diferença.

Meu ideal de equipe competitiva é aquela e aqueles que transformam medo em prudência, sofrimento em informação, erros em iniciação e desejo em comprometimento. Mas para isso, penso que o treinador tem um papel fundamental no processo de liderança. Atrevo-me a fazer uma analogia com o processo de condução dos problemas do empresário Steve Jobs: a sua força empresarial estava, justamente, em desconfiar das pesquisas de mercado e dos grupos focais (talvez aqui posso usar, atualmente, as mídias sociais), aqueles em que se pergunta às pessoas o que elas querem, e seguir sua própria imaginação. Ou sua via de pensamento para resolver seus problemas era o de que as pessoas não sabem o que querem até mostrarmos a elas. Vitor Frade dizia que “Ninguém sente falta daquilo que desconhece”.

O erro de pensar que sabemos exatamente para onde estamos indo e supor que sabemos “hoje” quais  serão nossas preferências “amanhã” traz consigo outro erro. É a ilusão de pensar que os outros também sabem para onde estão indo, e que diriam o que pretendem, se alguém, simplesmente, perguntassem.

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