Confira a análise dos gols da partida (o vídeo acima contém imagens da emissora Cuatro e FIFA).
Frente à forte seleção mexicana e após 30 minutos de muito equilíbrio, o Brasil mostrou porque é a principal candidata ao título mundial. Conseguiu ter um desempenho ainda melhor que nos jogos anteriores, controlou um grande adversário, criou muitas chances de gol e sofreu poucas.
Talvez a palavra que mais traduza a seleção brasileira até agora na Copa do Mundo é o equilíbrio. O Brasil tem sido uma seleção que sofre muito pouco em sua defesa (Alisson é o goleiro que menos defesas fez na competição) e no ataque não apenas cria, mas finaliza no alvo e marca gols.
É uma seleção que coloca a imensa qualidade dos seus jogadores em favor do coletivo, da organização de jogo, numa relação em que tanto jogadores como equipe se beneficiam, já que também a boa organização de jogo favorece o aparecimento das individualidades. Mérito inegável de Tite e sua comissão técnica.
México impõe seu plano de jogo nos primeiros 30 minutos:
Juan Carlos Osório disse que sua equipe não iria se acovardar diante do Brasil e de fato foi isso o que ocorreu, principalmente durante os primeiros 30 minutos do jogo.
Ora com pressão alta, ora a partir da intermediária, o México marcou a saída de bola do Brasil sempre que possível e impôs ao Brasil um tipo de jogo que ainda não havia enfrentado na competição.
Com Rafa Márquez de titular, o México povoou seu meio-campo, fazendo uso de encaixes de marcação (somente na zona da bola) e uma reação pós-perda muito rápida e agressiva. Com boa intensidade, a seleção mexicana fechava as linhas de passe e deixava o Brasil desconfortável para sair jogando, impedindo a seleção brasileira de tocar a bola da maneira em que está habituada a fazer.