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O futebol brasileiro retornou após a pausa da Copa do Mundo e não consegui ver muita coisa diferente do que vinha acontecendo antes. É claro que eu não esperava ver, por exemplo, um jogo de posição executado brilhantemente como o do Barcelona de Guardiola. Até porque ideias complexas levam anos para serem bem entendidas e bem executadas. Porém, no fundo eu tinha uma esperança de ver algo mais elaborado, principalmente em termos de organização ofensiva que é hoje o maior desafio dos técnicos brasileiros. Até aqui me decepcionei.
Tenho em mente que pela lógica básica do jogo de futebol é muito mais fácil defender do que atacar. Para simplificar, uma equipe pode ter quase cem ações ofensivas e terminar o jogo sem marcar nenhum gol, ou no máximo marcar dois, três gols. Ou seja, a defesa se sobressai quase sempre em mais de noventa por cento das oportunidades. Por essa evidente dificuldade, os conceitos ofensivos devem ser muito bem trabalhados. Mas aqui no Brasil ainda vemos muitos treinadores usarem o fraco e simples expediente de ‘deixar o talento decidir’.
Com mais de um mês sem jogos oficiais, com os jogadores mentalmente frescos, era a oportunidade ideal dos treinadores buscarem evoluir no jogo com a posse de bola. Reconheço que melhoramos aqui no cenário nacional em conceitos defensivos. Hoje no Brasil as equipes marcam de maneira muito mais compacta, organizada e conceitual. Mas precisamos evoluir no que mais importa, que é no momento que nosso time tem a posse de bola.
O coletivo deve potencializar o indivíduo. Para atacar bem é necessário ter boas ideias. Há diferentes formas de atacar no futebol: ataque direto, ataque posicional, contra-ataque…em todos eles há conceitos por trás: ultrapassagem, profundidade, amplitude, apoio, etc. Passou da hora de os nossos profissionais mostrarem mais resultados ofensivos. Capacidade e conhecimento metodológico eles têm. O próximo passo é a operacionalização. O pretexto de que não houve tempo de trabalho não cola dessa vez.

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