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Parece brincadeira, mas não é. Antes de 1979 a prática do futebol pelas mulheres no país – que se diz “do futebol” – era proibida. É muito pouco dentro de uma linha do tempo que começa nos anos 80 do século XIX com o início da sua prática no Brasil. Quase um século. Independente disso, muito foi feito para promover o futebol feminino. Muitos projetos começaram, muitos terminaram, alguns persistem.

Nesses altos e baixos, a descontinuidade foi justificada pelo baixo retorno financeiro dos projetos que tiveram como incentivo um bom resultado internacional da seleção brasileira: quer seja um bom desempenho nos Jogos Olímpicos ou em uma Copa do Mundo. Até mesmo a melhor futebolista do mundo, que é o caso de Marta, por seis vezes escolhida. A verdade é que o Brasil sempre foi um manancial de talentos, mas nunca houve algo organizado e sustentável. Por isso vemos outros países e novas forças a se destacarem no futebol feminino porque executam esses “algos” organizados e sustentáveis. É o que diz o Professor português Gustavo Pires: “são os resultados que dão origem aos projetos”.

No entanto, nos últimos anos percebem-se iniciativas sólidas e consistentes para o futebol feminino no Brasil. Além de várias organizações esportivas pelo país incentivarem a organização de equipes, surgem muitos projetos que visam as categorias de base e o crescimento global das futebolistas a considerar a formação escolar, a convivência familiar e o cotidiano da prática esportiva, ao mesmo tempo que acontecem competições organizadas que preservam o bem-estar da atleta e que visam, antes de tudo, a boa prática esportiva e não os rendimentos comerciais. A mencionar mais uma vez o Professor Gustavo Pires, uma oportunidade de os projetos darem origem aos resultados.

Estas iniciativas surgem em função de um interesse cada vez mais crescente das mulheres em praticar e consumir o futebol. A organização que não observar este aspecto corre o risco de ser muito mal vista no mercado e vários pré-conceitos podem surgir em relação a isso. Outras iniciativas são também impostas no sentindo de incentivar e potencializar a velocidade deste crescimento, uma vez que são tomadas pelas entidades de administração do esporte que, além de terem como objetivo difundir a modalidade, possuem o poder de coerção. Exemplo disso é a obrigatoriedade dos clubes da série A do futebol masculino no Brasil terem equipes femininas.

Rafaelle Souza pela seleção brasileira nos Jogos Rio 2016 (Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil)

 

Com isso, iniciativas executadas com planejamento, paciência e com foco no desenvolvimento global da atleta é excelente caminho para a organização e sustentabilidade do futebol feminino no Brasil. Algo que no futebol masculino há pouco tempo no Brasil tem sido colocado em prática.  Somado a isso, ações que potencializam uma tomada de direção por parte de clubes e federações é também bem-vinda porque também gera movimento para o desenvolvimento e crescimento da prática do futebol entre as mulheres. 

Que 2019 seja um grande ano para o futebol feminino no Brasil!

 

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