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Esta coluna há um bom tempo reproduz a ideia de que a indústria do futebol faz parte da indústria do entretenimento. Manter uma equipe de rendimento é caro e demanda por recintos cada vez mais especializados a fim de potencializar o rendimento esportivo e financeiro dos clubes. No cenário brasileiro, imaginar que só a atividade do futebol será capaz de manter um moderno estádio que atende às expectativas dos colaboradores e torcedores, é ingenuidade.
É preciso buscar por mais maneiras de arrecadação de recursos. Nesse sentido os estádios modernos tornaram-se lugar ideal para a realização de grandes concertos musicais ou outros espetáculos. Haja vista a deterioração do gramado natural por conta destas outras atividades extra-esportivas do estádio, os custos com a sua manutenção aumentaram exponencialmente. Qualquer falha  deste “tapete verde” pode levar à lesão de um atleta e afetar o rendimento da equipe, ou seja, interferir nos resultados esportivos e, consequentemente, financeiros. Fora o fato de, em função da preferência dada para o estádio em receber um concerto musical, a equipe terá que atuar em outro recinto esportivo, o que também pode afetar o resultado de um jogo. Afinal, joga-se em um lugar que não é a sua “casa” de costume.
Ademais, estudos apontam que os gramados sintéticos reduzem os riscos de lesão e, à prazo, reduzem os custos de manutenção. Há ainda os que dizem que eles favorecem o andamento de uma partida, o que leva à valorização do jogo e, assim sendo, o torna mais atraente ao público. Dessa maneira o marketing e a comunicação do futebol podem trabalhar com variáveis menos incertas e uma agenda menos sujeita a mudanças, de maneira a aproveitar os bons produtos que um clube ou torneio possuem: o jogo, os atletas e as instalações esportivas.

Allianz Parque a receber a instalação de gramado artificial (Foto: Edu Garcia/R7)

 
Com tudo isso, acostumem-se ou não, vai ser cada mais mais comum a “artificialização” dos gramados de futebol destes modernos estádios do Brasil. Existem outras soluções, bastante usadas em outros países para a conservação dos gramados naturais. Mas aqui, especificamente, só o futebol não é capaz de manter os custos das operações de um estádio.

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Em tempo, mais uma citação que se relaciona com o tema da coluna:

Se grama artificial fosse boa, a vaca comeria”.
Dunga, Capitão da seleção brasileira tetracampeã mundial

 

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