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O “Benelux” após a segunda grande guerra (1939-1945) foi o ponto de partida para a tão trabalhada e arranjada União Europeia e sua moeda única continental, o Euro, posto em circulação em 2002. Exemplo de integração que acreditamos fosse ser o caminho para o mundo todo. Em pouco mais de dois meses deste ano de 2020 já vemos o “Brexit”* (saída do Reino Unido da União Europeia) em execução. A tal onda de globalização, trans e multinacionalização dos anos 1990 e 2000 tem dado lugar a governos cada vez mais protecionistas, fechados em seus próprios interesses. Demonstrações de intolerância por todas as partes. Paulatinamente percebe-se uma – bem nítida – desintegração.
No entanto, apesar de esta incerta e turbulenta atualidade, uma simbólica resposta ao “Brexit” através da modalidade que os próprios britânicos consolidaram, o campeonato europeu de seleções de futebol, torna-se exemplo de integração. São ao todo doze estádios de doze cidades-sede, em uma dúzia de países daquele continente. Não mais todo o torneio concentrado em um ou dois países, mas por toda a Europa, de uma ponta a outra, de Bilbau a Baku; de Roma a São Petersburgo. Ironicamente, a final será disputada na capital do país que optou em não mais fazer parte da União Europeia, Londres (Reino Unido).
Há muito ainda a ser feito. Entretanto, em meio a estes tempos sombrios, a Euro 2020 é espécie de pontapé inicial do que o futebol é capaz de fazer: integrar.
E é capaz de fazer muito mais. A candidatura conjunta de Chile, Argentina, Uruguai e Paraguai para a Copa do Mundo de futebol de 2030 pode estimular – por que não? – um por séculos tão sonhado processo de integração regional sul-americano. Se for resgatado na história, a atual “Liga dos Campeões da UEFA” foi concebida na esteira da euforia da integração europeia, nos anos 1950 do século XX. Na Copa América de 2020, Argentina e Colômbia assim o farão na medida do possível. A comunicação e marketing oficial do evento inclusive já trabalham a ideia de um continente integrado pelo futebol.

EURO 2020 (Foto: Reprodução/Divulgação)

 
Com tudo isso, assim como escrito em colunas anteriores, o futebol tem sido lugar para demonstrações de intolerância. No entanto, é preciso trabalhar de maneira incansável para que ele seja antes de tudo um manancial de bom senso e bons exemplos que o mundo muito precisa.

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Em tempo, mais uma citação que se relaciona com o tema da coluna:

O esporte possui um poder imenso para unir povos, além de promover a paz e o desenvolvimento.”
Ban Ki-Moon
ex-Secretário-Geral da Organização das Nações Unidas (ONU)

 

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