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Dia desses recebi um link de um grande portal de notícias que falava sobre a queda de audiência dos canais por assinatura especializados em esportes. Em época de isolamento social, com os campeonatos paralisados e os atletas em quarentena, e ao passo que crescem as novas mídias e o envolvimento com as redes sociais, era natural que o número de pessoas ligadas na TV diminuísse. Entretanto, a queda deste número nos leva a repensar o futebol enquanto da sua gestão e marketing.

Em primeiro lugar, o conteúdo do futebol é infinito, haja vista o sucesso de audiência dos jogos antigos e todas as discussões que são levantadas em torno das reprises. Análises, reflexões, o que era bom e o que não era. O que podia ter sido feito de diferente e o que não. Percebem-se debates de muito fundamento e que nos dão a oportunidade para um olhar crítico sobre o cenário atual.

Ao mesmo tempo, nos faz refletir sobre as rasas discussões que acontecem na maioria dos programas esportivos nas grandes mídias de massa: rádio e televisão. Debates que não levam nada a lugar algum, que querem prever o futuro, que não analisam, não refletem, só exploram e ficam em cima dos problemas, não propõem soluções e, com isso, não agregam, não constróem, não servem – nos dois sentidos, o de trabalhar em favor de e o de encarregar-se de algo – à sociedade.

É necessário que o futebol, através das entidades de administrações da modalidade (federações e confederação) e das instituições de prática esportiva (clubes), reflitam sobre os seus papéis. Como o futebol quer ser visto? Como os clubes e as federações querem ser lembrados? Geradores da discórdia, da intriga, da malícia, do tráfico de influência e do jogo de interesses? A cada dia notamos mais de tudo isso nas ligações de poder em todos os setores deste país, o que acaba por gerar mais desgosto e ojeriza entre todos. Certamente não querem ser lembrados assim.

 

Garrincha no início dos anos 1960 ao lado de crianças após um treino do Botafogo FR. (Foto: Reprodução/Divulgação)

 

Nestes tempos em que tudo está parado é oportunidade para romper paradigmas, pensar diferente e crescer. Seguir adiante e em frente, que é o sentido da vida. É natural. Impossível pensar o Brasil sem o futebol, elemento fundamental na formação da nossa identidade nacional.

Com tudo isso, numa época em que os nossos valores e a nossa nacionalidade estão abalados com tanta intransigência e intolerância, o esporte que tanto amamos possui uma boa parte no dever da recondução para que se construa o país que realmente queremos: justo e sustentável. Que o bom senso e o respeito sejam indiscutíveis e inegociáveis. A partir daí não há dúvidas de que o conteúdo gerado será de muito mais valia, críticos capazes de gerar as inquietações necessárias às transformações que tanto queremos.

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Em tempo, uma citação que se relaciona com esta semana do 21 de Abril:

Se todos quisermos, poderemos fazer deste país uma grande nação. Vamos fazê-lo.”
Joaquim José da Silva Xavier, o ‘Tiradentes’ (1746-1792),
rtir da Independência do Brasil e herói da Inconfidência.

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