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Nas imagens abaixo trazemos 3 construções a partir do tiro de meta feitas pela equipe do Everton contra o Liverpool na rodada de retorno da Premier League. O que se destaca nessas jogadas são que elas não foram organizadas de maneira igual, foram feitas adaptações e variações na forma de se sair jogando para a obtenção de vantagens estratégicas durante a partida.

Observe atentamente o posicionamento dos jogadores do Everton (de azul) nas imagens a seguir:

Crédito das imagens: Premier League

Na saída acima, a defesa do Everton não conseguiu sair da pressão feita pelo Liverpool e teve que colocar a bola em disputa em um “chutão” para frente.

Agora perceba a diferença no posicionamento nas duas situações de saída abaixo:

Crédito das imagens: Premier League

Como resultado da organização alternativa, a equipe do Everton conseguiu ter mais alternativas e melhores opções de passe, o que possibilitou um lançamento direcionado, do seu goleiro para um dos atacantes da equipe posicionado já no campo de ataque

Crédito das imagens: Premier League

Novamente repetindo a organização alternativa acima, havia mais opções de passe e opções mais livres, que foi resultado de dúvidas na pressão do adversário que não esperava uma organização diferente da primeira. Assim a equipe conseguiu uma boa progressão que quebrou a primeira linha de pressão do adversário, proporcionando a construção de uma jogada que resultou em chegar na área adversária.

Cada vez mais, o tiro de meta vem ganhando importância para a construção das jogadas, um momento onde as equipes não estão abrindo mão de construir o jogo e deixar a bola em disputa, por isso deve ser muito bem trabalhado e organizado. 

Com a nova regra do tiro de meta, onde os jogadores de posse podem receber a bola dentro da área, os treinadores têm criado novos tipos de construção em busca de vantagens nesse momento. Nesse sentido, sugerimos as reflexões:

Existe uma construção ideal para essa fase do jogo?

Como você constrói sua saída de tiro de meta? A partir de uma sequência pré-definida de ações a se fazer (caminho obrigatório), ou com referências e opções para que os jogadores, dentro de campo, possam se adaptar e escolher a melhor para aquele momento?

O exemplo aqui é o da construção a partir do tiro de meta, mas as reflexões se aplicam a todos os momentos/conteúdos/comportamentos do jogo.

Aurélio Estanislau é graduado em Ciências do Esporte pela Unicamp e analista de desempenho do Sub15 do S.C. Corinthians Paulista.

Acompanhe as redes sociais do Aurélio Estanislau: Instagram; Twitter.

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