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Crédito imagem – Rubens Chiri/São Paulo

Um clube grande que enfrenta um jejum de títulos tem que lidar com pressões internas e externas diferentes e mais difíceis do que quem está vencendo sempre. No Palmeiras, no Corinthians e no Santos há pressão. Sempre vai ter. Mas no São Paulo é diferente. E uma pressão mais perigosa e difícil de lidar.

Nos últimos dez anos o real protagonismo do futebol paulista não teve três cores. Dentre os quatro grandes clubes, três ganharam a Libertadores. Menos o São Paulo. E o passado ajuda a entender o presente e a prever o futuro. Na ânsia de voltar a vencer se busca o resultado a qualquer custo. É um pouco daquilo do ‘os fins justificam os meios’. Isso se traduz em contratações caras, mudanças constantes de treinador e o natural endividamento do clube. O São Paulo já trouxe jogadores consagrados, já apostou na base, contratou técnicos com as mais diversas ideias e conceitos de jogo e nada adiantou. 

Já reiterei que vale muito uma reflexão interna, a respeito de processos e condução dos departamentos. O São Paulo deixou de ser a potência econômica que já foi, gerando menos receitas do que poderia com patrocínio, marketing, sócio-torcedor e estádio. Soma-se a isso o viés político ardiloso que permeia as alamedas do Morumbi. Gerando para quem trabalha no dia a dia do futebol profissional um ambiente não propício a vitórias.

Não há projeto de futebol no São Paulo. Nada é planejado para a criação de uma cultura vencedora. Se pensa apenas no próximo jogo. O técnico argentino Hernan Crespo tem que estar muito bem informado sobre todos esses aspectos. As demissões de Diego Aguirre em 2018 e de Fernando Diniz nesse Brasileirão 2020 mostram como não há tempo para aguardar o amadurecimento natural de um time vencedor. Lembra que citei no começo do texto a pressão que o jejum traz? O São Paulo hoje perde para ele mesmo. Não sei as promessas que foram feitas a Crespo. Mas o ambiente atual tende ao mesmo fracasso de anos anteriores.

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