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Via de regra, as situações financeiras dos clubes no cenário nacional não são favoráveis. Em sua grande maioria, para o desenvolvimento de suas atividades, os clubes dependem de patrocinadores, investidores, e até mesmo da anistia por parte do governo.

Neste sentido, uma das esperanças para o desenvolvimento econômico-financeiro almejada é a sistemática do clube-empresa, muito explorado no exterior e, não tão explorada em terras tupiniquins, uma vez que a legislação nacional impõe implicações severas àqueles clubes optantes da modalidade.

Todavia, o cenário tende a mudar, pois, com a recente eleição do Senador mineiro Rodrigo Pacheco, autor do Projeto de Lei nº 5516/2019 que tramita perante a câmara, tem por finalidade a criação de Sociedades Anônimas do Futebol (SAF), basicamente, uma S.A. específica para a modalidade do esporte, voltando a pauta com força total!

Em grave crise financeira e pelo segundo ano consecutivo na Série B do Campeonato Brasileiro pela frente, o Cruzeiro Esporte clube contratou uma empresa de auditoria (Ernst & Young) para dar início aos estudos sobre o plano de recuperação do clube, que se passa pela transição para se tornar um clube-empresa.

Desde o final de 2020, o projeto vem sendo discutido internamente, para isso, foi criado um grupo de estudos internos liderado por Sandro González, CEO do clube, sendo acompanhado de perto pelo presidente e outros nomes de peso dentro do clube.

Outros clubes também se movimentam para adequar as exigências propostas pelo projeto apresentado pelo Presidente do Senado, nesta mesma linha, o Botafogo e América já traçaram estratégias para essa implementação.

Segundo estudos da EY sobre o modelo de negócio, nas últimas duas décadas, o cenário internacional mostra que os clubes-empresas tiveram aumento significativo em suas receitas.

Se nos anos 1990 esse valor chegava a pouco mais de 600 milhões de euros, hoje varia entre 1,9 e 5,8 bilhões de euros. O estudo aponta, ainda, que, na primeira divisão das cinco maiores ligas do futebol europeu, 92% dos clubes são empresas, enquanto na segunda divisão esse percentual é de 96%.

Com exceção da Inglaterra, os proprietários dos clubes são predominantemente empresários nacionais – 58% com alguma ligação pessoal com o clube ou são empresários da região –, enquanto 33% dos clubes que constituídos como empresas são controlados por estrangeiros, sendo 44% investidores americanos ou chineses.

Os números apresentados saltam aos olhos, por esse motivo, os clubes buscam a solução para endividamento e pela falta de investimento e retorno financeiro. A cada dia a ilusão do clube-empresa vem ganhando mais forma e deixando de ser uma hipótese para se tornar uma realidade.

*As opiniões dos nossos autores parceiros não refletem, necessariamente, a visão da Universidade do Futebol  

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