Crédito imagem – Lucas Figueiredo/CBF
Com a disputa da Copa América simultaneamente a Eurocopa as comparações são inevitáveis. Porém, mais do que falar dos gramados, da eficiência da arbitragem e até da gostosa energia que os torcedores já trazem de volta ao Velho Continente em contraste com as arquibancadas que seguem vazias por aqui, vale falarmos de bola, do jogo em si. E pelo futebol apresentado a seleção brasileira não deve em nada para nenhuma potência européia.
Por mais que eu ame estudar e entender tudo de tática, no final das contas o que vai decidir jogos e campeonatos é a técnica. É a qualidade do jogador. E todos os nossos principais atletas atuam no mais alto nível. Neymar está acostumado a driblar os principais zagueiros do mundo. Casemiro tem experiência de sobra em marcar os melhores atacantes. Alison e Ederson já pegaram bolas indefensáveis nas competições mais difíceis e importantes dos últimos anos. E por aí vai…por que então esses jogadores não estariam prontos para uma Copa do Mundo?
Reconheço que nos clubes todos eles estão inseridos em outro contexto. Há uma cultura por trás. E também o trabalho de grandes treinadores potencializando pelo coletivo todas as individualidades. Entretanto chego aqui em outro ponto: Tite não está atrás de nenhum outro técnico de seleções. O trabalho da atual comissão técnica da seleção brasileira está conectado com o que há de mais moderno em todos os aspectos. Desde a parte médica, passando pela tática, conceitos de jogo, análise de desempenho, treinamentos e etc. Há cinco anos, Tite tem conseguido uma hegemonia no continente que deve ser destacada. Se os confrontos contra os europeus inexistem, a seleção brasileira vem se impondo de maneira convincente sobre todos os adversários que encontra.
Copa do Mundo é um torneio curto. São sete jogos para ser campeão. E que fique bem claro: uma coisa é a Copa, confronto de “times” contra “times”. Outra coisa é a gestão do futebol como um todo. Organização, calendário, gestão e etc. Nisso, sim, estamos anos luz atrás. E mesmo se o Brasil foi hexa campeão no Qatar não teremos o melhor futebol do mundo. Apenas quer dizer que o “time” de Tite foi eficiente em uma competição que dura pouco mais de um mês. E essa sexta estrela pode sim estar na nossa camisa no final do ano que vem. No quesito bola ainda estamos no bolo do que há de melhor no mundo.
*As opiniões de nossos parceiros não refletem, necessariamente, a visão da Universidade do Futebol