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Texto: Alexandre Victor Abreu

 A Universidade do Futebol tem o compromisso de incentivar e estimular o estudo, a pesquisa e a reflexão sobre os principais assuntos que envolvem o futebol. Em artigos anteriores e nos cursos oferecidos, abordamos conteúdos variados e relevantes para você que quer aprofundar seus conhecimentos. Pensando nisso, buscaremos neste artigo, levar você leitor, a uma reflexão sobre a Responsabilidade Social dos Clubes de Futebol. 

Em um passado recente, a reputação de um clube de futebol era medida com base nos títulos conquistados, vitórias dentro de campo e tamanho de sua torcida. Questões sociais, ambientais, proteção aos direitos da criança e adolescente e da mulher, dentre outros, eram muitas vezes ignorados ou tratados de forma pontual pelas agremiações. Essa realidade vem mudando ao passo que a legislação relacionada ao Futebol tem sido atualizadas trazendo maiores obrigações aos clubes também já é perceptível que o torcedor (consumidor) passou a considerar o comprometimento social dos clubes como fator relevante para identificação à marca. 

Neste sentido, é importante destacar que os clubes de futebol cumprem um papel de cunho social fundamental perante a sociedade, mas, em especial no desenvolvimento dos atletas pois são diretamente responsáveis pela formação técnica esportiva assim como pela formação como cidadão e pela inserção destes jovens na sociedade por meio do futebol de alto rendimento. 

Para o jovem se tornar um atleta profissional apto a atuar no futebol moderno é preciso muito mais que um bom técnico, é necessário que o jovem esteja amparado por uma equipe multidisciplinar que o permitirá atuar em seu mais alto nível. 

Pensando na melhoria do futebol brasileiro, a CBF instituiu o Certificado de Clube Formador (CCF), que pode ser concedido para “aquela agremiação que oferece a um atleta em idade de formação (até 21 anos) toda a infraestrutura para desenvolvimento esportivo e social (como cidadão). (ROSIGNOLI; RODRIGUES, Manual de Direito Desportivo, 2017, p. 80), ou seja, para os clubes que preenchem os requisitos previstos no art. 29, §2º da Lei Pelé e que comprovadamente tem condições de oferecer ao atleta uma formação completa. 

Ao proporcionar tratamento médico, odontológico e psicológico, moradia, transporte, alimentação de qualidade, educação, uniforme completo, boa estrutura para treinamento e participação em competições sem deixar de lado a convivência familiar, o clube formador não está apenas cumprindo a Lei e conquistando o Certificado de Clube Formador (CCF) da CBF que garantirá segurança jurídica e retorno financeiro para seu investimento, mas estará cumprindo seu papel social de formação de atletas de alto rendimento. 

Cumpre ressaltar que muitas das obrigações constantes na legislação desportiva foram elaboradas em estrito cumprimento ao que determina o Estatuto da Criança e do Adolescente – ECA (Lei nº 8.069/90), em especial nos temas relacionados à garantia da proteção social dos jovens atletas. 

Também importante ressaltar o importante papel dos clubes em ações relacionadas a outras questões sociais e que vem ganhando força por conta da valorização de uma gestão empresarial que compreende a importância de conscientizar o torcedor / consumidor. Como principais ações citamos aquelas relacionadas a datas comemorativas ou de luta como dia das mulheres, consciência negra, outubro rosa, violência contra mulheres, proteção aos animais e meio ambiente. 

O conceito de Responsabilidade Social, portanto, privilegia a ideia de ações coordenadas e adotadas pelo clube voltadas para o bem da sociedade e buscando promover o bem-estar social e no futebol se materializa dentre outras formas, quando o clube cumpre a Lei e assegura ao jovem atleta e sua família a possibilidade de desenvolvimento pessoal e profissional, em conformidade com a legislação, e também se materializa quando o clube de futebol contribui para o bem estar da sociedade. 

Não é a intenção deste artigo aprofundar nos temas aqui discutidos, mas provocar nos leitores uma reflexão sobre a Responsabilidade Social do Clube de Futebol. A exigência de uma gestão mais profissional e maiores investimentos, em um momento em que os clubes de Futebol tem buscado cada vez mais a profissionalização de sua gestão, assumindo sua responsabilidade perante questões relevantes da sociedade e as considerando como como algo benéfico e que gera valor agregado à marca, evidencia o papel social dos Clubes de Futebol. 

* Texto de autoria de Alexandre Victor Abreu e não reflete, necessariamente, a opinião da Universidade do Futebol.

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