Quem vai ganhar a Copa do Catar?

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A construção histórica do rendimento e dos resultados

Costumamos dizer que o futebol é apreciado por bilhões, praticado por milhões, mas estudado por muito poucos. Analisando-se as condições sociopolítico-culturais do Catar, poderíamos questionar, por exemplo, se é valida a decisão em se realizar uma Copa do Mundo em um país que usurpa os direitos humanos e que para a construção de estádios suntuosos é capaz de colocar em risco a vida de milhares de trabalhadores, em um regime considerado, muitas vezes, como um trabalho escravo. Por outro lado e da mesma forma, entretanto, poderíamos questionar criticamente a realização de um evento desta grandiosidade em dezenas de outros países que, de diferentes maneiras, também desrespeitam os direitos humanos, sejam por ações diretas de seus governantes, sejam por condições indiretas que caracterizam flagrantes injustiças sociais.

O fato é que, este extraordinário fenômeno cultural de massas, chamado futebol, estará como nunca, em evidência nas próximas semanas. Estima-se, segundo Gianni Infantino, presidente da FIFA, que cerca de 5 bilhões de pessoas irão acompanhar pela televisão os 64 jogos de 32 seleções nacionais, entre 20 de novembro e 18 de dezembro, a serem realizados neste pequeno e rico país muçulmano do Oriente Médio, o Catar.  

A Copa do Mundo, evento esportivo realizado desde 1930 de 4 em 4 anos (com apenas duas interrupções em 1942 e 1946 devido à Segunda Grande Guerra Mundial), costuma servir de termômetro, queiramos ou não, para se avaliar o estágio de desenvolvimento do futebol globalmente.  Esta Copa não será diferente. Veremos nos próximos dias muitas projeções, previsões, análises, opiniões e palpites sobre o que poderá ocorrer no Catar em termos gerais e, em especial, em termos técnicos. Mas será somente durante a sua realização que poderemos constatar se as seleções mais tradicionais e favoritas ao título, como França, Alemanha, Inglaterra, Espanha, Brasil e Argentina, vão confirmar o peso de suas histórias e favoritismo, ou se veremos algumas seleções emergentes (ou em transição) avançando para as quartas-de-final, semifinal e final. 

A performance esportiva é, via de regra, um fenômeno construído historicamente, tecido por um conjunto complexo de fatores internos e externos ao grupo (no caso, cada seleção) que acabam influindo no resultado das partidas e da competição, de forma geral. Portanto, conhecendo apenas parcialmente o emaranhado desta intrincada rede de relações sistêmicas, caracterizada por uma complexidade dinâmica que muda a cada instante, é possível apenas e tão somente imaginar e intuir algumas tendências. Portanto, cabe a nós acompanhar atentamente os acontecimentos e tirar nossas conclusões, quase sempre relativas, parciais e imprecisas. Isto não nos impede, contudo, de continuarmos fazendo as nossas reflexões críticas, exercitando nossas projeções, previsões, análises, e dando nossas opiniões e palpites. E, então, finalmente, no dia 18 de dezembro de 2022, poderemos testemunhar qual foi a verdadeira história construída concretamente pelas seleções. Até lá o convite é para que acompanhemos e disfrutemos cada momento desta fantástica e mágica manifestação cultural e esportiva.

Artigo do nosso fundador: Professor João Paulo S. Medina

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