Hoje (ou nesta terça), começa (ou começou, depende de quando o amigo ler esse texto) a Copa para o Brasil. Dunga diria que a copa começou à quase quatro anos, quando deu início ao seu trabalho a frente de seleção.
Planejamento, coerência, filosofia de trabalho e comprometimento são os termos da moda. Mas aproveitando o gancho de tão significativo evento, vamos refletir sobre alguns aspectos.
Se pela ótica da comissão técnica (e não desmereço nem critico esses pontos), dentre os critérios de escolha da seleção brasileira estava o comprometimento e o próprio desempenho técnico dentro da seleção brasileira, em maiores destaques do que o próprio desempenho técnico pelos clubes, pergunto: como se avalia um desempenho e o que esperamos de um jogador de seleção brasileira em termos de performance?
Se hoje o Brasil parou para ver a estréia da seleção, estamos em frente a jogadores de alto nível, de referencia mundial, lembrando novamente a frase de Phil Jackson que nem sempre os melhores jogadores formam o grupo mais forte, mas independente disso é um grupo de alto gabarito, ainda que alguns questionem.
Olhando para a formação de jogadores, e depois para uma seleção que representa o país numa Copa do Mundo, é inevitável pensarmos em como o Brasil prepara seu talento para que chegue a esses níveis.
E nesse ponto gostaria apenas de levantar algumas questões, haja vista que é necessário definir critérios para avaliar o desempenho de alto nível e adequá-los a processos de formação para que se desenvolva um projeto de formação de excelência. Assim, a pergunta é como avaliamos os jogadores de uma seleção? Quais os critérios e aspectos que a geração atual apresenta que devemos buscar nas próximas gerações?
Sim, a pergunta começa a ganhar uma nova perspectiva. E para o amigo que ainda me acompanha nesta leitura, trago um “balde de água fria”. Não tenho a respostas para tais perguntas.
“Brincadeira! Essa é boa… faz a pergunta e não responde” alguns podem dizer. Porém peço compreensão, pois a idéia é justamente discutir que passos devem ser seguidos, que processos devem ser implementados, aproveitando-me novamente da grande participação dos amigos com seus comentários e sugestões.
Tal pergunta pode ser direcionada na busca por uma diretriz de formação de jogadores. Não entro no mérito dos aspectos pedagógicos, de formação humana e geral que são imprescindíveis, mas quero me ater na formação final propriamente dita identificando potenciais jogadores para futuras Copas do Mundo, ou seja, já olhando para a ponta da pirâmide.
Como a análise de jogo, o scout, a análise de desempenho com o auxílio da ciência, da tecnologia e do conhecimento específico propriamente dito devem ser desenvolvidos e implementados na busca de novos jogadores.
Essa discussão será composta por alguns pontos ao longo das próximas semanas, (em tempo, na próxima fecharemos a discussão do tema copa 3D, conforme o prometido. Depois damos sequência ao tema apresentado hoje).
Como avaliar os jogadores de alto nível do ponto de viste técnico e tático
Como definir parâmetros para a formação de novos jogadores com base nessa avaliação
Como adequar tais parâmetros aos processos pedagógicos
Como intervir com base no desempenho técnico e tático de novos jogadores
Como o amigo pode perceber não é uma discussão superficial, por isso conto novamente com os comentários e participações de todos para abrirmos mais um mini fórum de discussão.
Para interagir com o autor: fantato@universidadedofutebol.com.br