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A Copa do Mundo Fifa de Futebol 2010 chega ao fim trazendo muito conteúdo para reflexão.

Como é o evento que reúne, em tese, as melhores seleções e os melhores jogadores do mundo, talvez possamos, treinando nossos olhares, aprender coisas muito importantes sobre o futebol (em todas as suas dimensões!).

No início da competição, muitas apostas no Brasil (quase como sempre). Grupos de investimentos davam como certo, que a Copa seria mais uma vez do selecionado brasileiro – com grande “vantagem” da equipe verde e amarela, sobre, segundo os mesmos grupos, Espanha (segunda com mais chances) e Inglaterra (a terceira da lista).

No final das contas, um famoso polvo alemão (que aponta vencedores e perdedores em jogos da seleção alemã; e acerta – inacreditável!), que vive em um aquário na Alemanha, parece ter tido mais sucesso com os resultados, mesmo sem fazer contas ou levar a sério palpites, do que os grupos de investimentos e seus cálculos mirabolantes.

Pois é. Nada de Brasil e muito menos de Inglaterra.

Espanha e Holanda chegaram à final, desbancando seleções que durante a competição foram se tornando favoritas, e que ficaram pelo caminho sem fazer jus às qualidades que lhes foram atribuídas pelos “pseudo-especialistas” de plantão.

As equipes sul-americanas, que passaram também a usufruir de algo que somente antes Brasil e Argentina usufruíam (explico: nesta Copa definitivamente, as equipes sul-americanas tiveram em seus times principais ou titulares, maior número de jogadores que hoje moram e jogam na Europa, treinando sob métodos e condições distintas daquelas de seus países de origem – privilégio (ou não?!) até pouco tempo, apenas de Brasil e de Argentina), e que em dado momento tiveram suas campanhas e performances festejadas, foram caindo aos poucos, até que sobrasse apenas a quase européia seleção uruguaia.

Algumas equipes com uma forte cultura para determinando modelo de jogo, nesta Copa, surpreenderam com mudanças – algumas com sucesso e outras nem tanto (algo que há tempos não se via). Para as que fracassaram (claro!), críticas, acusações e culpas. Para as que foram mais longe do que outrora, aplausos, elogios e heróis.

E a ciência da altíssima performance, necessária e contada pela tecnologia das filmagens, dos recursos de análise de imagem, da medicina que opera milagres e cura ossos quebrados, chegou à final, representada pela pedagogia do esporte, do treinamento desportivo integrado, onde o que é tático, físico, técnico, psicológico e sócio-cultural não se separa. Chegou à final representada pela seleção da Espanha, país que tem estudado e pesquisado a fundo questões que envolvem meios e métodos de treino no futebol, onde treinadores e cientistas se confundem em uma coisa só, onde teoria e prática não se separam; lugar em que o futebol é um ambiente riquíssimo para se aprender e produzir coisas novas.

Espanha e Holanda não chegaram à final por obra do acaso (certo Einstein?). Enquanto uma vem se construindo com bases sólidas em uma ciência que vê pelos óculos da complexidade, a outra faz do investimento em sua cultura de jogo, temperada por novas idéias e princípios, o ponto forte de sua jornada invicta.

Vença quem vencer, já ganhou o futebol, onde muitos ainda acreditam, não há mais nada para se “inventar”…

Para interagir com o autor: rodrigo@universidadedofutebol.com.br

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