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“Uma adolescente vai ao supermercado e, ao passar no caixa, recebe um folheto informativo sobre gravidez. Ela ainda não sabe, mas, a partir da listagem de produtos comprados, foi identificada a probabilidade de gestação, confirmada semanas depois”.

Tomo a liberdade de reproduzir o início do texto de Déborah Oliveira na íntegra para seguirmos na reflexão.

Com Mano Menezes na seleção brasileira, a função do analista de desempenho surgiu com força no cenário do futebol nacional, como bem discutiu recentemente nosso colega Bruno Baquete.

Esse crescimento e a projeção dessa função no futebol não vem sem nexo e não surge do nada. Ela acompanha a tendência mundial da era da informação.

Numa reportagem recente do IDG NOW, foi comentado que a função de analista de dado é uma das mais promissoras funções no setor de tecnologia da informação.

A lapidação de dados na sociedade atual visa buscar informações, cruzar características e perfis específicos para determinar potenciais comportamentos. E assim, com essas possibilidades, antecipar ações e intervenções.

Isso para o futebol é mais lógico do que se imagina, porém gostaria de atentar aqui a importância da interação entre os profissionais envolvidos.

A figura do analista de desempenho é relativamente nova no futebol e está se consolidando e construindo seu escopo de trabalho.

O analista de dados já está há mais tempo em atuação, muito embora hoje suas competências e habilidades estejam mais apuradas e cada vez mais seguem a tendência do mundo moderno, caracterizando-se pelo dinamismo e efemeridade característicos do setor de inovação.

Assim, é importante que se crie um diálogo, pois ambos necessitam um do outro. Parece óbvio o discurso, mas trago um pouco das vivências no setor para alertar os cuidados entre os perfis.

O analista de dados tem a formação em tecnologia, algum foco em negócios e estatística. Porém, a chave para o seu sucesso é compreender a lógica do mercado em que atua, fazendo isso através de informações, conversas, análises dos profissionais envolvidos, etc.

Por outro lado, o analista de desempenho é o profissional que conhece esse meio e precisa transformar seu conhecimento e experiência em dados para que o primeiro possa ajudar a analisá-los.

Infelizmente, o que se vê no futebol ainda é um engatinhar tanto de um como de outro. O analista de desempenho, por estar em fase de definição de seu escopo de trabalho, ainda é visto como secundário e supérfluo, enquanto que o analista de dados acaba sendo confundido como um suporte técnico em informática que ajuda a fazer planilhas e consertar equipamentos.

Assim, além da valorização que o tempo dará aos dois profissionais no meio do futebol, é importante acrescentar a necessidade de estabelecer conexão entre ambos, pois a lógica de pensamentos dos dois é por diversas vezes diferente e até mesmo num primeiro momento contraditória, o que numa relação de desenvolvimento exige dos envolvidos uma capacidade interpessoal importante.

O texto desta semana discute essa questão com a premissa de que tanto na formação do analista de dados, como na formação do analista de desempenho, os conhecimentos devem ser cruzados na medida do possível.

O da tecnologia deve ter assuntos relacionados ao esporte, à performance, à lógica do jogo, tanto quanto o do esporte deve compreender processos e lógicas de programação.

É evidente que ambos não se aprofundarão na área alheia, porém, o mínimo de interface ajudará no diálogo e na eficácia do que será desenvolvido: sugestão para os futuros cursos de TI no esporte e de analista de desempenho que com certeza ganharão força num espaço curto de tempo.

Para interagir com o autor: fantato@universidadedofutebol.com.br
 

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