Não é nenhuma novidade o amplo e crescente uso das tecnologias pelo homem, aumentando a conectividade com outras pessoas e substituindo as antigas formas de lazer.
Neste aspecto, os jogos eletrônicos aparecem como uma das principais plataformas de diversão para a nossa juventude. O Brasil é tido como a 4º maior indústria de "games" do mundo, movimentando aproximadamente R$ 1 bilhão anualmente, de acordo com a Abragames em publicação no Portal R7 (http://noticias.r7.com/tecnologia-e-ciencia/noticias/mercado-de-jogos-eletronicos-ja-movimenta-quase-r-1-bilhao-por-ano-no-brasil-20121103.html?question=0).
O breve posicionamento do assunto e a busca por números servem para destacar um fenômeno interessante em face dos esportes tradicionais: a fixação da atenção por crianças e adolescentes para o espetáculo esportivo dentro de uma arena de competição.
Digo isso, pois, nesta semana e na anterior, me deparei com situações similares em dois eventos esportivos que tive presente. Em uma competição de tênis de campo (com grandes atletas de calibre mundial) e um campeonato estadual de futebol (com a presença de grandes clubes em campo), percebi que, enquanto os pais acompanhavam o jogo em si, seu(s) filho(s) jogavam "games" em dispositivos portáteis, com baixa ou nenhuma atenção sobre o que ocorria no evento propriamente dito.
Desta constatação, que muitos já devem ter feito, nota-se um distanciamento da linguagem do jovem para com as modalidades esportivas tradicionais.
E a pergunta que fica é: o que precisa ser feito para que a nova geração tenha apreço significativo sobre o esporte? Será que, em um futuro não tão distante, veremos o sumiço em massa de modalidades popularmente conhecidas nos dias de hoje? Qual a dosagem e a medida para o implemento de inovações?
Para interagir com o autor: geraldo@universidadedofutebol.com.br